Impressões ao calor da hora: Monark e o neofascismo por trás de um discurso liberaloide
O apresentador expressa uma ideologia que propaga um conceito de liberdade sem responsabilidade alguma com o outro
Por Daniel Samam
Foi ao ar na noite de ontem (07), o último episódio do Flow Podcast, um dos podcasts de maior audiência no Brasil. Nele, o apresentador Monark, um completo imbecil e mau caráter defendeu que o Brasil "tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei’. E a coisa fica pior porque o absurdo foi dito na presença de 2 deputados federais (Kim Kataguiri e Tábata Amaral) que sequer foram firmes no contraponto à fala inconsequente, estúpida e criminosa do escroque Monark.
Vejamos, o apresentador expressa uma ideologia que propaga um conceito de liberdade sem responsabilidade alguma com o outro. Alguns chamam essa ideologia de libertarianismo. Trocando em miúdos, são traços de quem não sabe coexistir em sociedade. No limite, podemos jogar Monark no mesmo balaio dos fascistoides pós-modernos.
E mais, a afirmação do apresentador é de uma desonestidade absurda, pois se presta ao papel de tentar dar "equidade" aos discursos radicais. No caso, o nazismo como contraponto ao comunismo. Uma estupidez sem limites e de um revisionismo safado e rasteiro. É preciso repetir: o nazismo tem como premissa fundamental o extermínio para alcançar uma supremacia ariana.
Esses conceitos tortos de liberdade individual e liberdade de expressão tem tomado espaço em vários países, bem como no Brasil. Fruto, penso eu, do avanço da extrema-direita e do neofascismo.
Com esse episódio do Flow Podcast, nós democratas temos que assimilar de uma vez por todas que o jogo vai ser muito pesado nas eleições de outubro.
Atenção, nervos de aço e unidade para derrotar o fascismo à brasileira.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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