A travessia até 2026
No exercício necessário de encarar o futuro político de nosso pais com a clareza possível, é preciso debater o que se espera para 2026
No exercício necessário de encarar o futuro político de nosso país com a clareza possível, é preciso debater o que se espera para 2026.
Mantidas as circunstâncias do Brasil de hoje, que permitem Luiz Inácio Lula da Silva disputar um novo mandato presidencial, o ponto fundamental está resolvido desde já.
Lula deve ser candidato e entra na campanha para um quarto mandato presidencial como amplo favorito.
A experiência ensina que, num país onde a democracia é um sistema de grande apoio popular, mas apoiada num sistema de institucional frágil, contando com uma elite liberal apenas nas conversas de coquetel, exibindo um insaciável apetite golpista depois de sentar-se à mesa para tomar decisões de verdade, o horizonte de 2026 apresenta-se ilustrado com um conhecido cardápio de ações indigestas e operações clandestinas contra a democracia.
Uma boa forma de pensar esse momento encontra-se na trágica travessia que antecedeu a eleição de 2018, iniciada com a deposição de Dilma Rousseff, a posse de Michel Temer no Planalto e a vitória de Jair Bolsonaro quando a democracia brasileira
fora colocada em estado de coma.
Passo decisivo na configuração de um momento político gravíssimo, Lula foi colocado na prisão em Curitiba. Dali só seria retirado após uma mobilização popular que forçou o Judiciário a abandonar uma apatia vergonhosa,que abrira caminho para a primeira vitória nas urnas de uma candidatura fascista, inédita no país.
Sob estímulo de um transatlântico imperialista comandado por Donald Trump, titular de uma ferocidade comparável a selvageria de Adolf Hitler e Benito Mussolini na Europa do século passado, a extrema direita tenta deixar cair a máscara para mostrar seu rosto ao país, contando com um estímulo externo visível e vergonhoso.
Nem é preciso lembrar o risco que essas forças monstruosas
representam para o futuro brasileiro.
É hora, desde já, de denunciar sua atuação e organizar a resistência sob o risco de ver o país seguir o doloroso exemplo de nossos vizinhos sul-americanos, que, com honrosas exceções, onde se destaca o México, ameaçam formar um cinturão de extrema-direita no Continente.
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