A Venezuela na guerra sem fim pela América do Sul
"A América do Sul tornou-se um cenário cobiçado para a consolidação de uma nova ordem mundial", explica Paulo Moreira Leite
O esforço do império norte-americano para transformar o destino da Venezuela num pesadelo colonial não pode ser tratado como banalidade.
Numa época de enfraquecimento generalizado dos Estados Nacionais, a América do Sul tornou-se um cenário cobiçado para a consolidação de uma nova ordem mundial a partir de governos submetidos a potências estrangeiras e democracias de araque.
Administrado por uma maioria de autoridades dóceis diante das demandas imperialistas, onde sempre cabe mais um na nau dos cooptados, o mapa da região mostra nações economicamente anêmicas e politicamente despedaçadas.
São geografias habitadas por populações ultrajadas pelo empobrecimento sem perspectiva, por uma democracia frouxa e desenraizada, a quem o império reserva formas contemporâneas de miséria e servilismo.
O que se assiste hoje, na Venezuela, equivale a penúltima etapa desta operação, uma versão terceiro milênio do colonialismo que séculos atrás fez a fortuna do Velho Mundo a partir do descobrimento, numa dominação que, apesar dos arranhões deixados pelas lutas pela independência, prolongou-se e sobreviveu até os dias de hoje.
Basta olhar o mapa da região para reconhecer que o cerco está se fechando e que teremos uma luta palmo a palmo. Nem é preciso muita imaginação para reconhecer o próximo alvo.
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