AI-5 dos Bolsonaros não passa de cortina de fumaça do caso Marielle
O AI-5 com que Eduardo ameaça o Brasil é um fantasma do passado que aponta um presente sórdido na tentativa desses Bolsonaros de esconderem sua proximidade com os assassinos de Marielle
Eduardo Bolsonaro não tem nenhum poder de baixar um novo AI-5 no Brasil, Carlucho não tem poder para se tornar ditador, Jair Bolsonaro não passa de um esbravejador inconseqüente que se sente apavorado diante da possibilidade de as investigações sobre o assassinato de Marielle baterem às suas portas na Barra da Tijuca. O AI-5 com que Eduardo ameaça o Brasil é um fantasma do passado que aponta um presente sórdido na tentativa desses Bolsonaros de esconderem sua proximidade com os assassinos de Marielle.
Espanta-me a reação de algumas autoridades sérias às declarações do ex-embaixador que foi sem nunca ter sido. Simplesmente não tem que se dar a atenção a isso. O fundamental, o essencial é o caso Marielle. Se a polícia estadual não for manipulada e cooptada, vai-se chegar muito próximo do mandante. É claro que vão mover todos os poderes da República, e em especial a Polícia Federal de Moro, para abafar o caso. Mas cedo ou tarde alguém dará com a língua nos dentes e furará o cerco da proteção.
A atribuição às esquerdas de uma mobilização para derrubar o presidente de direita, de tipo chileno, é uma fantasia idiota. Isso virá à sua hora, inexoravelmente, mas não agora. Será por um levante geral da população contra um dos governos mais incompetentes da história do Brasil, cinicamente voltado contra os interesses do povo, e totalmente indiferente à tragédia do desemprego. Esse governo vagabundo e sórdido não tem nem moral nem, suponho, apoio militar para um golpe.
E caso tivesse apoio militar, então que carreguem Bolsonaro no andor da podridão política até a destruição completa da República, e se tornem os novos guardas pretorianos da loucura convertida no absurdo naturalizado. Os sobreviventes dentre nós então recomeçaremos uma luta pela abertura, como antes, com a certeza histórica que alcançaremos de novo a democracia, em algum tempo da reconquista civilizatória. Nesse caso, porém, sem anistia recíproca para os que só tem a linguagem do ódio e da morte e sem prescrição de crimes, como em Nuremberg!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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