Anistia é novo golpe de Bolsonaro na democracia
O bolsonarismo não conseguiu criar fato político em Copacabana
É complicado anistiar quem pratica terrorismo contra a democracia, sentenciou uma excelência jurídica do TSE.
Anistiar o terrorista seria desacreditar na democracia.
A democracia concorda com a disfuncionalidade intrínseca em si mesma ao anistiar quem tenta destruí-la.
Não seria a sua própria destruição como produto do homem que se rende ao terror?
O Congresso está diante do seu máximo desafio: perdoar ou não o terror que nega a democracia.
Se perdoar está ou não condenado a democracia à morte pelos que atentam contra ela?
A anistia é ou não um golpe de morte na democracia, se o anistiado praticou crime contra democracia?
O valor maior é a democracia ou a anistia?
A anistia tem que exigir a morte da democracia para se salvar como valor maior para a sociedade?
Ou a democracia tem que condenar os que atentam contra ela, os golpistas, já que anistia-los seria negação da própria democracia.
Bolsonaro está perdendo todas as batalhas com seu discurso pela Anistia como beneficiário dela contra os crimes que praticou.
O palanque esvaziado no Rio foi balde de água gelada no bolsonarismo.
Os organizadores esperavam um milhão de pessoas em Copacabana.
Com muito boa vontade, a multidão não chegou às vinte mil.
Se tivesse bombado, o projeto de lei da Anistia aos golpistas ganharia força.
Esvaziado pela falta de povo bolsonarista, a proposta tenderia a se arrastar.
O novo presidente da Câmara não vai se queimar, botando para votação matéria controversa.
A Anistia virou assunto controverso.
As ruas estão se esvaziando para o bolsonarismo e sua força política reflete declínio.
Aumenta a expectativa de o STF decretá-lo réu no próximo dia 25.
O funil vai se estreitando.
Pode ser que reste como saída a Bolsonaro a tentativa de virar mártir dentro da cadeia.
Ou então fugir numa embaixada e tentar mobilizar o gado lá da Argentina de Milei.
Bolsonaro queria, sobretudo, polarizar com o ministro Alexandre de Moraes, jogando-o contra a opinião pública.
Mas, ficou mais difícil essa possibilidade, se o discurso não mobilizou multidão.
O bolsonarismo não conseguiu criar fato político em Copacabana.
A PF, diante do esvaziamento político do ex-presidente capitão, pode bater na porta dele já.
É o que resta esperar para tentar virar mártir e renascer das cinzas, para chamar a atenção de Donald Trump.
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