Anitta descobriu que estava sendo usada por “fulaninho”
Jornalista Alex Solnik diz que a cantora brasileira assumiu, "de forma surpreendente", o papel de marqueteira da oposição
Por Alex Solnik
Algumas pessoas podem ter achado estranho. Anitta, que se apresentou no festival Coachella com as cores do Brasil, postou, ontem, nas suas redes sociais:
“A bandeira do Brasil e as cores do Brasil pertencem aos brasileiros. Representam o BRASIL em GERAL. NINGUÉM pode se apropriar do significado das cores da bandeira do nosso país”.
O recado, claro, era para Bolsonaro. Ainda assim, ele escreveu no post:
“Concordo com a Anitta”.
Em seguida, ela retrucou:
“Ah, garoto, vai catar o que fazer, vai”.
E bloqueou o presidente da República.
“Meti logo um block”, escreveu a cantora “pra esses adms. dele não ficarem usando minhas redes sociais pra ganhar buzz na internet”.
Ela percebeu que “eles estão com uma equipe de redes sociais mais jovem e descolada pra justamente passar essa imagem dele. Fazer o público esquecer as merdas com piadas e memes na internet que faça o jovem achar que ele é um cara maneiro, boa praça, então nesse momento qualquer manifestação contra ele por meio dos artistas vai ser revertida em forma de deboche pelas mídias sociais dele. Assim o artista vira o chato mimizento e ele o cara bacana que leva tudo numa boa”.
Assumindo, de forma surpreendente, o papel de marqueteira da oposição, ela diz que a estratégia “do lado oposto” deve ser citar o nome dele o menos possível e trocar o “fora fulaninho” para alguma coisa como “muda Brasil”.
“Vocês não me verão falando ‘fora fulaninho’ até as eleições acabarem. E sugiro a quem for contra ele fazer o mesmo”.
Ela mandou essa mensagem para seus 60 milhões de seguidores. “Fulaninho” tem 41,9 milhões.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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