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      Moisés Mendes

      Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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      Até o robô sabe que Bolsonaro despreza o SUS

      “Inteligência artificial da Meta lista uma série de decisões do chefe do golpe contra a saúde pública”, escreve o colunista Moisés Mendes

      Jair Bllsonaro e SUS (Foto: ABr)

      Todas as notícias sobre a emergência enfrentada por Bolsonaro no Rio Grande do Norte destacam uma informação: o homem que despreza a saúde pública foi socorrido por uma ambulância do SAMU.

      O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aproveitou a cena para destacar nas redes sociais, usando a imagem da ambulância: 

      “Todo mundo sabe: na hora da emergência, chama o SAMU 192! Atendimento de urgência para salvar vidas de norte a sul. Criado pelo presidente Lula, para todos os brasileiros, cada vez maior e mais rápido! Viva o SUS!”

      Decidi então, quase como molecagem, fazer uma pergunta à inteligência artificial da Meta. Essa foi a pergunta, feita às 15h04min dessa sexta-feira: Bolsonaro tem apreço pelo SUS? 

      Abaixo, na íntegra, ponto a ponto, a resposta devastadora do robô de Mark Zuckerberg:

      “Parece que não. Durante o governo de Jair Bolsonaro, o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentou uma série de desafios e retrocessos. Alguns dos principais problemas incluem. 

      Subfinanciamento: O governo Bolsonaro manteve o teto de gastos imposto pela Emenda Constitucional 95, que limitou os investimentos em saúde e levou a uma redução significativa nos recursos disponíveis para o SUS.  

      Privatização: Bolsonaro e seu ministro da Saúde, Henrique Mandetta, defenderam a ideia de que o setor privado pode gerenciar melhor os recursos de saúde, o que pode levar à privatização do SUS. 

      Desmonte do programa Mais Médicos: O governo Bolsonaro substituiu o programa Mais Médicos por um novo programa, "Médicos pelo Brasil", que foi criticado por especialistas e pode ter contribuído para a falta de médicos em áreas remotas. 

      Crise na saúde indígena: O governo Bolsonaro também foi criticado por sua gestão da saúde indígena, incluindo a proposta de municipalização das ações de atenção básica à saúde em aldeias indígenas. 

      Negacionismo durante a pandemia: Durante a pandemia de COVID-19, o governo Bolsonaro foi acusado de negacionismo e de não priorizar a saúde pública, o que levou a um grande número de mortes e casos de COVID-19 no Brasil. Essas ações e políticas sugerem que o governo Bolsonaro não priorizou o SUS e a saúde pública em geral”.

      O robô da Meta oferece links para textos sobre o desprezo de Bolsonaro diante do Sistema Único de Saúde. O interessante é que o ‘parece’, do início da resposta, soa como uma ironia, porque a IA é categórica na lista de desmandos. 

      Os algoritmos nem sempre estão contra os interesses públicos, talvez por alguma falha nos controles das big techs.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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