Atenção: com o auxílio luxuoso do jornal O Globo, Bolsonaro e Guedes não desistiram da PEC 32
'A proposta privatizaria o serviço público', afirma o deputado Rogério Correia. 'E o jornal O Globo não condena a política do ministro que odeia pobres'
“Toda a maldade é fraqueza”, dizia o poeta inglês John Milton. Mesmo nos estertores de seu governo moribundo, Bolsonaro e seu comparsa da Economia Paulo Guedes não desistem da barbárie sobre o povo brasileiro. Mais maldades são a resposta que dão, a única que conseguem dar, em resposta às taxas recordes de rejeição e à iminência da derrota eleitoral para Lula.
Conseguimos no fim do ano passado uma importante vitória parcial no Congresso, ao barrarmos a aprovação da tal PEC 32, uma mudança na Constituição enviada por Bolsonaro que, na prática, privatizaria o serviço público brasileiro, atacando direitos e carreiras de servidores essenciais no bom atendimento das necessidades do povo.
O rolo compressor do governo não foi suficiente para votar a PEC 32 naquela época, e alguns imaginavam que, na véspera eleitoral, envolto a escândalos como o “ouro do MEC” e rejeitado pela maioria do povo, o inominável presidente e seu parceiro ultraliberal do Ministério da Economia não ousariam retomar o tema.
Ledo engano. A dupla do mal vai é se aproveitar da fraqueza dos últimos dias para jogar a derradeira granada. Precarizar a vida do servidor público serve bem a esse interesse desprezível de Bolsonaro e Guedes.
Os dois contam com o auxílio luxuoso de críticos formais do bolsonarismo, como o jornal O Globo, que na prática não condena a política liberal do ministro que odeia pobres. Em editorial esta semana, o jornal carioca defende a urgência da PEC 32 e ainda a regulamentação do direito de greve no serviço público.
É o empurrão que o governo precisa. Em outras palavras: Bolsonaro e seu governo como sempre usam as mentiras bolsonaristas nas redes sociais mas, de lambujem, têm também o apoio discreto, ou nem tão discreto assim, do setor crítico ao governo mas igualmente defensor do neoliberalismo. Ambos tentarão aprovar a malfada PEC, provavelmente após a eleição, mas isso só ocorrerá se garantirem maioria no Congresso. Portanto derrotar o bolsonarismo e o Centrão na Câmara é uma tarefa que se impõe.
Mais uma vez precisamos juntar forças para defender os servidores públicos brasileiros. Que muitas vezes são elogiados apenas em momentos cruciais e midiáticos, como tragédias ou pandemias, para depois serem esquecidos ou atacados pelos ultraliberais de plantão.
O alerta está dado. Temos como vencer essa nova batalha contra os privateiros, assim como fizemos no ano passado. Cabe organizarmos a mobilização social, unindo servidores de todas as áreas e demais trabalhadoras e trabalhadores. Não à PEC 32! Sim ao serviço público! E fora Bolsonaro! O pesadelo tá acabando, pessoal!...
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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