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    Juca Simonard

    Jornalista, tradutor e professor de francês. Trabalhou como redator e editor do Diário Causa Operária entre 2018 e 2019. Auxiliar na edição de revistas, panfletos e jornais impressos do PCO, e também do jornal A Luta Contra o Golpe (tabloide unificado dos comitês pela liberdade de Lula e pelo Fora Bolsonaro).

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    Athletico garante classificação na final da Libertadores contra Palmeiras

    Não para o Verdão. Empate em 2 a 2 garantiu a classificação do Furacão

    (Foto: José Tramontin/athletico.com.br)

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    Por Juca Simonard

    Não deu para o Verdão. Apesar de abrir o placar por 2 a 0 no Allianz Parque, deixou a vitória escapar e tomou o empate do Furacão.

    O Palmeiras até deu show. Logo no início do primeiro tempo, desvirginou o marcador com um gol aos 3 minutos. Zé Rafael fez jogadaça, bateu cruzado e, se beneficiando da atrapalhada de Pedro Henrique, Scarpa aproveitou a sobra e colocou pra dentro.

    Aliás, grande primeiro tempo do meia palmeirense. Aos 28 anos, Scarpa vive seu melhor momento na carreira. Mostrou por que na partida de ida o Palmeiras sofreu tanto sem sua presença.

    Ele dá mobilidade ao meio e, principalmente, ao último terço do campo, sendo sempre fundamental nos ataques do Verdão. Tem categoria, bom passe, bom chute, a melhor bola parada do Brasil.

    O gol obrigou o Athletico, que tinha vantagem do empate por ter ganho o primeiro jogo, a se abrir, partindo para cima.

    Por isso, foi um grande primeiro tempo. Duas equipes ofensivas. Mas, efetivamente, o show era do Verdão.

    No entanto, tudo isso acabou no final do primeiro período. Murilo tomou cartão vermelho na última jogada do 1° tempo após meter as travas da chuteira na coxa de Vitor Roque.

    No segundo tempo, o jogo foi diferente. O Palmeiras teve de se fechar e o Furacão dominou no campo adversário.

    Mesmo assim, num lance de bola parada, o Palmeiras fez o segundo gol. Marcos Rocha cobrou lateral dentro da área e o zagueiro paraguaio e artilheiro Gustavo Gómez, um dos maiores em atividade na sua posição, cabeceou para trás e marcou. 2 a 0 pro Verdão.

    Não durou muito. Um bate-rebate na área do Palmeiras culminou no primeiro gol do Furacão. Craque, Fernandinho fez levantamento de qualidade para Vitinho que, de dentro da área, pela esquerda, cruzou pro meio. Vitor Roque (mancando a esta altura) tentou enfiar na rede, mas a bola bateu na defesa alviverde e, no rebote, Pablo, que havia acabado de entrar, colocou dentro da meta.

    O 2 a 1 levaria aos pênaltis. E o Palmeiras até tentou atacar, aproveitando contra-ataques e a habilidade individual de Dudu (que, aliás, deixou Gabriel Menino em posição de marcar, mas este desperdiçou), mas não deu para o time paulista.

    Aos 85 do segundo tempo, Terans deu chute de canhota de fora da área e empatou. Golaço, 2 a 2, enterrando as chances do Palmeiras chegar à sua terceira final de Libertadores seguida.

    O Athletico se classificou e provavelmente vai enfrentar o Flamengo na final. Fernandinho, que esteve na primeira e única decisão disputada pelo clube paranaense, em 2005, repetiu o feito — após retornar ao Brasil depois de 17 anos na Europa.

    O Flamengo que se cuide, pois por mais que tenha mais time, Felipão (que não participou desse jogo por expulsão no anterior) pode surpreender.

    Podem falar o que quiserem do técnico do Furacão — que joga feio, na retranca, pratica “antijogo” — mas é experiente, tem duas Libertadores e, como diria um amigo meu, é um digno técnico de competições sul-americanas.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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