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      Rogério Correia

      Deputado federal (PT-MG)

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      Bolsonarismo tornou o Brasil mais inseguro

      Como há quatro anos, Bolsonaro ganha um presente do sistema de segurança e justiça do Paraná

      Bolsonaro se enrola na bandeira nacional para foto com criança segurando arma de brinquedo (Foto: Isac Nóbrega/Pr/Divulgação)

      Por Rogério Correia, deputado federal (PT-MG)

      Vamos por partes:

      1) No domingo passado, como sabemos, o guarda municipal Marcelo Arruda foi assassinado por um fanático bolsonarista em Foz do Iguaçu. Crime político: o assassino sequer conhecia a vítima, mas resolveu invadir sua festa de aniversário com temática petista e chegou atirando.

      2) Já no dia do assassinato o PT e demais partidos de oposição pediram a federalização do caso, para que ele não ficasse limitado ao Paraná, até pelas proporções da sua repercussão.

      3) A Procuradoria Geral da República (PGR) adiantou-se e manifestou-se, com pressa, contra a federalização do caso.

      4) Enquanto isso, a imprensa descobriu postagens da delegada responsável pelas investigações. Elas mostravam uma servidora extremamente hostil a Lula, ao PT e às esquerdas em geral.

      5) A Secretaria de Segurança Pública do Paraná decidiu então afastar a delegada e efetivar Camila Cecconello como nova responsável pelo caso. Aproveitou para mais uma vez descartar a federalização das investigações.

      6) Cocconello assumiu o caso na segunda, dia 11.

      7) Na manhã desta sexta 15, portanto apenas três dias e meio depois, ela apresentou a conclusão do inquérito.

      8) A conclusão do inquérito foi anunciada mesmo após a admissão, pela delegada, de que a perícia do celular do assassino bolsonarista só terá seu resultado na próxima semana.

      9) Camila Cecconello reconheceu o fator político no crime, mas o inquérito encerrou-se descartando motivação política. Ou seja, para a polícia paranaense, Marcelo Arruda foi assassinado em sua festa com temática petista por um personagem que não conhecia e que invadiu o local gritando "Bolsonaro"... mas isso não caracterizaria motivação política.

      E agora o grand finalle:

      10) No mesmo ritmo apressado, nesta mesma sexta-feira 15, filhos de Bolsonaro já foram às redes sociais festejar a decisão da delegada. Com o pai mal nas pesquisas a dois meses e meio da eleição, e com o desgaste da violência bolsonarista junto à sociedade, conseguiram ao menos um argumento para suas narrativas. Será que cola? A julgar pela repercussão nas redes sociais, vai ser difícil...

      Como há quatro anos, Bolsonaro ganha um presente do sistema de segurança e justiça do Paraná. Em 2018, foi Sergio Moro, hoje um agonizante dublê de político que tenta chamar a atenção sem que ninguém se importe...

      Bolsonaro até foi eleito naquele ano para depois fazer a pior presidência da história do país, desaprovado pela maioria do povo.

      Eles querem repetir a história. Mas ela se repete, como aprendemos, como farsa...

      Lula vem aí!

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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