Brasil tem a menor taxa de desemprego de sua história
Os números mostram que, quando se combina justiça social com políticas econômicas sólidas, não tem como dar errado
O desemprego no Brasil sempre foi um desafio estrutural, mas dados históricos revelam que ainda vale a pena esperançar. Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência em 2003, o país enfrentava uma taxa de desocupação de 12,3%, segundo o IBGE. Ao final de seu primeiro mandato, em 2006, esse índice havia caído para 9,6%, e, em 2010, no fim de seu segundo mandato, atingiu 6,7% — o menor patamar em décadas. Esses números não são meras estatísticas, representam milhões de brasileiras e brasileiros reinseridos no mercado de trabalho, com dignidade e perspectiva de futuro.
A fórmula para esse avanço combinou crescimento econômico com políticas públicas corajosas. Lula entendeu que gerar empregos exigia mais do que estímulos ao setor produtivo, era necessário incluir os excluídos. Então veio o Bolsa Família. O programa lançado em 2003, tornou-se uma referência global no combate à pobreza. Ao transferir renda diretamente às famílias mais vulneráveis, a iniciativa não apenas aliviou a fome, mas também estimulou economias locais, criando um ciclo virtuoso de consumo e oportunidades. Estudos do IPEA mostram que, entre 2003 e 2013, o Bolsa Família tirou 36 milhões de pessoas da extrema pobreza, permitindo que muitas delas buscassem qualificação e emprego formal.
Enquanto isso, o governo investiu em políticas de valorização do salário mínimo. Entre 2003 e 2010, dados do DIEESE mostram que o piso nacional teve aumento real (acima da inflação) de 67,4%. Isso não apenas elevou a renda dos trabalhadores, mas fortaleceu o mercado interno, impulsionando setores como comércio e serviços, responsáveis pela maior parte das vagas criadas.
Outra frente de batalha nesse período foi o incentivo à formalização. Programas como o Primeiro Emprego e o Microempreendedor Individual (MEI), este último criado em 2008, democratizaram o acesso ao mercado. Nas duas primeiras gestões de Lula, mais de 15 milhões de empregos formais foram gerados, de acordo com o CAGED. A carteira assinada deixou de ser um privilégio e se tornou realidade para jovens, mulheres e trabalhadores de baixa renda.
Ainda tiveram outras iniciativas cruciais, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em 2007. Ao investir R$ 646 bilhões em infraestrutura, energia e saneamento, o PAC gerou empregos diretos e indiretos, especialmente nas regiões mais pobres. A construção de cisternas no Semiárido, por exemplo, garantiu água para famílias rurais e, ao mesmo tempo, movimentou as economias locais.
Mesmo durante a crise financeira global de 2008, o Brasil manteve sua capacidade de gerar empregos, graças a medidas anticíclicas como a redução de impostos para setores estratégicos (automotivo e construção civil) e o fortalecimento do crédito via bancos públicos. Enquanto países ricos viam o desemprego disparar, o Brasil registrou crescimento de 7,5% do PIB em 2010, com geração recorde de vagas de emprego.
E a receita se repetiu. Em seu terceiro mandato, Lula retomou a agenda de combate às desigualdades. O ano de 2024 fechou com a menor taxa média de desemprego desde 2012. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), o percentual médio foi de 6,6% e continua. Enquanto isso, o reajuste do salário mínimo para 2025 superou a inflação, garantindo poder de compra à classe trabalhadora.
Claro que há críticas e obstáculos. Alguns argumentam que políticas sociais são "gastos", ignorando que cada real investido em inclusão retorna em forma de dinamismo econômico e coesão social. O Brasil de Lula prova que é possível crescer com o povo, não apesar dele.
Mesmo em meio a dificuldades e períodos tenebrosos, entre 2003 e 2023, a renda dos 50% mais pobres cresceu três vezes mais que a dos 10% mais ricos, segundo o World Inequality Lab. Esse é o Brasil que Lula se propôs a construir — um país que coloca o trabalhador e a trabalhadora no centro das decisões, que considera a classe trabalhadora como a força motriz que impulsiona todo – e qualquer – desenvolvimento.
Por fim, os números mostram que, quando se combina justiça social com políticas econômicas sólidas, não tem como dar errado. Como Lula mesmo disse em 2003, "Nunca antes na história deste país..." — e, hoje, podemos reafirmar que, nunca antes na história desse país, tantos brasileiros e brasileiras tiveram a chance de sonhar com um amanhã melhor. Que bom que eu fiz o “L” para isso!
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