Candidatura de Ramagem é um escárnio
Rio vai barrar homem-chave do esquema bolsonarista
A confirmação da candidatura de Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro é um escárnio com a nossa população e uma ameaça à cidade e ao país.
As investigações da Polícia Federal - PF que ele um dia teve a pretensão de comandar e, por suposto, manipular – demonstram claramente que tinha envolvimento direto em esquemas para proteger os Bolsonaro de toda e qualquer apuração sobre condutas pra lá de suspeitas.
Uma suposta organização criminosa tomou conta da Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN, durante o período em que o órgão foi chefiado por Ramagem, entre julho de 2019 e abril de 2022.
Sob a sua gestão, foi montada uma ABIN Paralela, que tinha como únicas missões socorrer a família do inelegível e perseguir os adversários políticos do ex-presidente. Sob a sua gestão, membros da ABIN Paralela criaram grupos de ódio no WhatsApp, com a finalidade de disseminar notícias falsas, enganar a população. Sob a sua gestão, a ABIN espionou ilegalmente ministros, políticos e jornalistas considerados desafetos ou que poderiam ameaçar a lambança bolsonarista, perseguiu auditores da Receita Federal que elaboraram o Relatório de Inteligência Financeira (RIF), utilizado no inquérito das “rachadinhas” contra Flávio Bolsonaro.
Embora ele mesmo tenha gravado o áudio que o incrimina, da reunião em que aconselha as advogadas da família do senador, Ramagem, agora, diz que nada sabia; joga a culpa em dois antigos auxiliares.
Como assim? Seria tão incompetente que não via o que se passava abertamente na instituição que dirigia? Seria tão alheio, que não entendia o teor das reuniões das quais participava? É essa a experiência que pretende levar para a Prefeitura do Rio de Janeiro?
Ramagem não engana ninguém com as suas desculpas toscas e a terceirização de culpas. Ele é homem-chave no esquema da extrema-direita, peça fundamental para as articulações do ex-presidente. Ele quer transformar a nossa cidade em curral privado de Bolsonaro e do fascismo, assim como fez com a ABIN.
O Rio não vai aceitar isso. A cidade convive com problemas sociais graves, com insegurança, com desigualdades, que precisam ser superadas com políticas públicas e inclusão. Precisa de quem olhe para o nosso povo, não de quem cuida dos amigos.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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