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    Ricardo Nêggo Tom

    Músico, graduando em jornalismo, locutor, roteirista, produtor e apresentador dos programas "Um Tom de resistência", "30 Minutos" e "22 Horas", na TV 247, e colunista do Brasil 247

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    Cloroquina ou leite condensado? Como Bolsonaro será envenenado na prisão?

    “Se eu fosse um envenenador, eu não o envenenaria porque ele não merece”, ironiza Ricardo Nêggo Tom

    Jair Bolsonaro - 20/02/2025 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

    Ele continua um mentiroso compulsivo e manipulador. Uma mente diabólica (que o diabo me perdoe a comparação) capaz de produzir dados e reproduzir fatos extraídos do seu órgão excretor, que funciona como cérebro para a sua distopia paranóica. É um acinte, um escárnio, um deboche, uma desmoralização da justiça brasileira que Bolsonaro continue solto, interferindo sim nas investigações e na denúncia que pesa contra ele, ao incitar parte da sociedade contra as instituições e mobilizar milhares de pessoas em defesa da anistia para os crimes cometidos por ele.

    Pior do que Bolsonaro, é quem lhe abre espaço para vomitar suas abobrinhas políticas e teorias conspiratórias que o colocam como vítima de uma perseguição que coloca em risco a sua vida. Como ele disse no Flow Podcast que, caso seja preso, será envenenado na cadeia. Jair Messias é um imbecil diferenciado. Os imbecis, geralmente, possuem uma capacidade inigualável de destruírem a eles mesmos, mas Bolsonaro é um imbecil com alto potencial destrutivo para a coletividade. Ao dizer que não interessa ao “sistema” mantê-lo preso, mas “eliminado”, ele se auto martiriza como uma espécie de cristo fascista que irá morrer para salvar a sociedade. Que sociedade?

    Quem perderia tempo e dinheiro envenenando Bolsonaro na prisão? Ele não merece ser envenenado. Se eu fosse um envenenador, eu jamais o envenenaria porque ele não merece. Por outro lado, ele teme que aconteça a si o mesmo que ele havia planejado contra o presidente Lula, conforme denúncia da PGR. E é importante bater nessa tecla sem parar: Bolsonaro avalizou o plano para matar o presidente Lula, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes. E como já escrevi nesta coluna em outra oportunidade, qualquer um de nós que tivesse planejado a morte do presidente do seu país estaria preso preventivamente.

    Bolsonaro também revelou que há muito tempo convive com o medo de ser abatido por um “sniper”, o que fez o apresentador da bagaça levantar-lhe a bola: “Deve ser horrível viver assim, né?”, numa clara demonstração de que a “entrevista” foi previamente roteirizada com o intuito de apresentar Bolsonaro como alguém que sofre apenas por querer o bem para o país. Entre outras pérolas ditas no podcast, o futuro presidiário disse que Javier Milei, que está diante de uma iminente queda na Argentina por fomentar a pobreza e a miséria na vida dos “Hermanos”, salvou a economia daquele país por ser da mesma escola que Paulo Guedes, o ministro que perseguia empregadas domésticas e cogitou o fim do SUS.

    Ainda sobre os argentinos, o mito do umbral disse que o turismo em Angra dos Reis e outras localidades no Rio de Janeiro, está bombando devido a política econômica do lunático que se aconselha com seu cachorro morto. “Nunca se viu tanto argentino em Angra”, disse o sujeito que deve desconhecer que Copacabana sempre foi o lugar mais argentino fora da Argentina. Inspirando até um verso de “Pega na mentira”, sucesso do saudoso Erasmo Carlos nos anos 1980 que tratava como mentira fatos verídicos, que dizia que “em Copacabana não tem argentino”. O cavernícola também disse que graças à “gordura” deixada pelo seu governo, o presidente Lula tem conseguido governar o país, mas que já está destruindo tudo o que ele deixou. O que o Bolsonaro nos deixou? Um rastro de mortes na pandemia e a certeza de que ele deveria ter sido defenestrado da vida pública lá atrás, quando disse que fuzilaria FHC no paredão, já como um parlamentar.

    Vamos acompanhar atentamente os próximos passos de Bolsonaro e de seu rebanho. O apito de cachorro já soou e os fiéis da seita já foram preparados para reagirem nas ruas contra a prisão do líder da quadrilha. À nossa justiça cabe fazer o seu papel e não permitir que alguém tão nocivo à nossa organização social e ao nosso senso de humanidade, fique impune. Seria o fim da credibilidade do judiciário e de todas as instituições democráticas. Seria o fim da civilização no Brasil. Seria o fim da aventura humana na Terra de Santa Cruz. Se Bolsonaro não for preso, pode entregar o país nas mãos da extrema-direita. A Alemanha nazista é logo ali.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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