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    Yu Peng

    Cônsul-geral da China em São Paulo

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    Construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade: a solução chinesa aos desafios do mundo

    "O mundo hoje é marcado por conflitos geopolíticos, fraca recuperação econômica, desafios de segurança e crises de governança", avalia o cônsul da China em SP

    Discurso em vídeo do presidente chinês, Xi Jinping, durante Assembleia-Geral da ONU21/09/2021 (Foto: Mary Altaffer/Pool via REUTERS)

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    A Conferência Central sobre Trabalho Relacionado com Negócios Estrangeiros ocorreu em Beijing, entre 27 e 28 de dezembro. O presidente Xi Jinping esteve presente e apresentou uma revisão sistemática das conquistas históricas e da experiência valiosa da diplomacia de grande país com características chinesas na nova era. Além disso, também explanou profundamente sobre o ambiente internacional e a missão histórica da política externa da China na nova jornada, traçando planos abrangentes para a atuação internacional chinesa no presente e no futuro.

    Como uma de suas conquistas mais importantes, a reunião estabeleceu o sistema científico de construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, compreendendo este como o conceito central do pensamento de Xi Jinping sobre a diplomacia e também como o grandioso objetivo buscado pela diplomacia de grande país com características chinesas na nova era.

    O mundo de hoje é marcado por conflitos geopolíticos que surgem um após o outro, fraca recuperação econômica, desafios de segurança e crises de governança. Frente à questão do momento, isto é, "qual mundo devemos construir e como construí-lo?", a diplomacia chinesa insiste em uma visão mundial, está comprometida com a abertura e a cooperação e propõe a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, oferecendo assim uma solução chinesa. O conceito de construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade responde às aspirações universais de todos os povos e aponta o caminho do progresso da civilização mundial. Na última década, tal conceito tem evoluído de uma iniciativa exclusivamente chinesa para um consenso internacional, de uma visão promissora para ações concretas e de uma proposta conceitual para um sistema científico, servindo como uma gloriosa bandeira que conduz ao progresso na nova era.

    Construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. O objetivo é construir um mundo aberto, inclusivo, limpo, belo, com paz duradoura, segurança universal e prosperidade compartilhada. O caminho é promover uma governança global caraterizada por consulta extensiva e contribuição conjunta para benefícios compartilhados. O princípio orientador é praticar os valores comuns da humanidade, e a base fundamental reside na criação de relações internacionais de novo tipo. A orientação estratégica vem da implementação da Iniciativa para o Desenvolvimento Global, da Iniciativa para a Segurança Global e da Iniciativa para a Civilização Global. Por fim, a plataforma para ação é a cooperação de alta qualidade a partir da Iniciativa Cinturão e Rota. Com base nisso, buscamos reunir esforços de diversos países para juntos enfrentarmos os desafios e alcançarmos a prosperidade para todos, abrindo a possibilidade de um futuro brilhante de paz, segurança, prosperidade e progresso para o nosso mundo.

    A fim de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade e perante uma série de grandes questões e desafios que o mundo enfrenta atualmente, a China apela para um mundo multipolar equitativo e ordenado e para uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva.

    Um mundo multipolar equitativo e ordenado é aquele em que os países, grandes ou pequenos, são tratados como iguais, o hegemonismo e o uso da força são rejeitados e a democracia é verdadeiramente promovida nas relações internacionais. Para que o progresso rumo a uma maior multipolaridade seja mantido estável e construtivo, todos devem ter em vista os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, defender as normas básicas e universalmente reconhecidas que regem as relações internacionais e praticar o verdadeiro multilateralismo.

    Uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva é aquela que atende às necessidades comuns de todos os países, sobretudo dos países em desenvolvimento, e lida adequadamente com os desequilíbrios de desenvolvimento entre os países, e também internamente a eles, devido à alocação global de recursos. É fundamental se opor resolutamente a qualquer tentativa de reverter a globalização, ao abuso do conceito de “segurança” e ao unilateralismo e protecionismo em todas as suas formas. Da mesma forma, é fundamental promover firmemente a liberalização e facilitação do comércio e investimento, superar os problemas estruturais que dificultam o desenvolvimento saudável da economia mundial, bem como tornar a globalização econômica mais aberta, inclusiva, equilibrada e benéfica para todos.

    "Com a maré alta e o vento favorável, é hora de velejar o navio e pegar ondas.". O mundo entrou em um novo período de turbulência e transformação. No entanto, a direção geral do desenvolvimento e progresso humanos não mudará, as dinâmicas gerais da história mundial de avançar mesmo em meio a voltas e reviravoltas não mudarão, e a tendência geral rumo a um futuro compartilhado para a comunidade internacional não mudará. Em 2024, a Iniciativa Cinturão e Rota entra em sua segunda década dourada, a cooperação dos BRICS atinge um novo patamar histórico, e a China e o Brasil celebram o 50º aniversário do estabelecimento de suas relações diplomáticas. Ao longo dos últimos 50 anos, a China e o Brasil têm intensificado sua confiança política mútua, expandido sua cooperação pragmática e aprofundado seus intercâmbios pessoais. Além disso, a parceria estratégica global sino-brasileira também tem amplas perspectivas e grande potencial na nova era.

    Nos próximos anos, o Brasil ocupará a presidência rotativa do G-20, da Cúpula dos BRICS e da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, desempenhando um papel ainda mais importante no cenário internacional. Como os maiores países em desenvolvimento respectivamente dos hemisférios leste e oeste e importantes membros do sul global, a China e o Brasil estão trabalhando juntos para construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, promover um mundo multipolar equitativo e ordenado e uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva, o que certamente injetará mais certeza, estabilidade e energia positiva neste mundo conturbado e trará maior bem-estar para os povos de ambos os países.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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