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      Leandro Minozzo

      Professor universitário, mestre em Educação e escritor

      11 artigos

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      COVID-19: Quando idosos devem procurar atendimento?

      Mesmo passados mais de dois meses da pandemia e termos acesso a uma quase infinita quantidade de informações, a dúvida ainda persiste

      Mesmo passados mais de dois meses da pandemia e termos acesso a uma quase infinita quantidade de informações, há ainda uma grande dúvida: na suspeita da COVID-19, quando levar um familiar idoso para atendimento médico?

      A dúvida cresce porque sabemos do elevado risco de contaminação no ambiente hospitalar, nas unidades de saúde, UPAS. Mas vamos lá. Organizei uns pontos aqui que ajudarão. Num primeiro momento, precisamos estar atentos aos sinais atípicos de doenças respiratórias em pessoas idosas. Febre, tosse, dor de garganta, dor pelo corpo e cansaço são sintomas típicos de um quadro gripal, como se inicia a doença pelo SARS-COV-S, a chamada COVID-19. No entanto, pessoas com mais de 60 anos podem não apresentar febre, ou ter apenas um discreto aumento na temperatura. Quando temos ≥ 37,2˚C já estamos diante de uma alteração. Metade dos pacientes internados não tinham febre quando chegaram no primeiro atendimento. Então, esperar por febre pode ser arriscado. E bem importante é saber os sintomas que idosos costumam apresentam quando estão doentes, e eles valem e muito agora, são eles: perda de apetite, confusão mental, quedas, prostração ou diminuição nas atividades diárias. Uma mudança na forma como o idoso era há uma semana reforça o peso, a importância desses sintomas. 

      Tanto em adultos, quanto nos idosos, a orientação médica é que se busque atendimento para avaliação detalhada quando da presença de dispneia, que é a percepção de falta de ar. O problema nas pessoas com mais idade é que essa percepção pode ser mais difícil, tanto por parte do idoso quanto por seus familiares. Em pacientes que já possuem doenças cardíacas ou pulmonares, por exemplo, complica mais ainda. Sem falar que é frequente idosos não reclamarem com receio de causar trabalho aos familiares. Uma dificuldade é justamente como identificar a falta de ar nos idosos. É raro um idoso dizer “estou com falta de ar”, ele vai dizê-lo de maneiras diferentes ou, às vezes, querer ficar quieto para ver se o mal-estar passa. Listei algumas formas que a falta de ar pode se manifestar nessa população:

      • Pode ser referida como cansaço ou sonolência;

      • Peso ou aperto no peito;

      • Vontade de ficar deitado ou sentado;

      • Um novo desconforto aos médios e pequenos esforços (caminhar pequenas distâncias, tomar banho);

      • Dificuldade para completar as frases ao falar;

      • Aumento da frequência cardíaca (24 ou mais respirações por minuto já é um sinal de alerta importante; para medir, peça para o idoso ficar em silêncio e conte os movimentos respiratórios).

      Quando seu familiar idoso apresentar uma dessas manifestações, ou tiver febre alta ou que persista por mais de 1 dia ou confusão mental, faça contato com o médico que o cuida ou leve ao atendimento. Lembre-se sempre de protegê-lo com máscara, mesmo tossindo ou com falta de ar.

      Outra orientação é sobre o curso da COVID-19. Nos primeiros dias, os sintomas são leves e a partir do quinto ao décimo dia pode surgir a falta de ar. Ressalto isso para que os familiares fiquem atentos: mesmo após uma consulta com médico e ele não constatar gravidade naquele momento, qualquer indicativo posterior de falta de ar ou o retorno de febre deve fazer com que se leve o idoso novamente ao médico. 

      No vídeo abaixo, explico um pouco mais sobre as manifestações da doença e detalhes que familiares devem estar atentos. 

      Vamos superar a pandemia!

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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