Descriminalização da maconha é um duro golpe no apartheid social
É um passo – ainda tímido – para debelar a estrutura de falsidade mantida para punir quem já sofre o peso da violência racial e social
A descriminalização do porte de maconha é um duro golpe no aprisionamento em massa de negros e pobres – o artifício da burguesia para manter o apartheid social.
É um alento contra o recorrente abuso de poder policial por trás da humilhação e da violência cotidiana impostas a favelados e vulneráveis socialmente.
A revolta dos setores conservadores (leia-se reacionários) deriva justamente desse combo opressor – temem perder parte do poder de intimidar e segregar ao bel-prazer.
A justificativa moral, religiosa ou familiar é só a máscara para ocultar essa sanha de marginalizar denunciada, a todo tempo, pelo vício da hipocrisia.
Paladinos da fé, do recato e da pureza são, com frequência, protagonistas de tráfico, uso velado de drogas e violações cínicas de princípios sustentados como incorruptíveis.
A descriminalização do porte pelo STF é um passo – ainda tímido – para debelar a estrutura de falsidade mantida apenas para punir quem já sofre o peso histórico da violência racial e social.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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