É hora de empunhar a bandeira antifascista e ir para o confronto histórico
O jornalista Gustavo Conde afirma que o país não pode mais esperar as instituições resolverem o genocídio em curso. Ele diz: “a tentativa de convencer antifascistas a não saírem às ruas com o argumento de que "vai ter infiltrado" é uma conjunção de covardia, preguiça e burrice”. Conde ainda acrescenta: “é hora de subir o tom, intensificar o discurso e mostrar que um país é feito de povo, não de analistas de conjuntura”
A tentativa de convencer antifascistas a não saírem às ruas com o argumento de que "vai ter infiltrado" é uma conjunção de covardia, preguiça e burrice.
Vergonha imensa para "intelectuais" que bateram nessa tecla.
1) Infiltrar mercenários em manifestações não é tão simples assim. Com protestos distribuídos no país inteiro, seria necessário um "exército" de infiltrados, o que não me parece factível.
2) Se houver infiltrados que incitem a violência, a tarefa é denunciar, com celular em punho.
3) Quando há 'sentimento de rua", não há quem possa segurar, nem polícia, nem lei, nem infiltrado, nem o desejo pequeno burguês de analistas.
4) O risco de a tomada de ruas ser 'deturpada' e 'instrumentalizada' como em 2013 é um risco como todos os riscos. Mesmo sendo 'instrumentalizada' pelo que quer que seja (sempre é pela Globo), quem está no governo agora é o fascismo, não a democracia.
É uma overdose de covardia na ceninha intelectualizada da esquerda.
Francamente, deixar o destino político do Brasil nas mãos de "intelectuais progressistas" é pedir para morrer de fome, de raiva e de sede. Intelectual sem lastro político e sentido de combate é praticamente um agente da opressão: eles 'suavizam' o caminho do precipício.
Essa minha crítica ao intelectualismo político não é um ataque à ciência ou ao conhecimento. Conhecimento é um conceito muito amplo para ficar nas mãos exclusivas de "intelectuais", assim como a 'ciência', a 'ética' e o espírito revolucionário.
Ninguém melhor do que Lula para comprovar isso. Mais ainda: Lula teve ainda a humildade de estimular a ciência, a pesquisa e a produção de novos intelectuais. Intelectuais são importantes, mas não são o limite final da intelecção e da política, muito menos de qualquer tipo de "estratégia".
Quando um intelectual fala em estratégia, a rigor, as flores murcham e os rios secam.
É hora de empunhar a bandeira antifascista e ir para o confronto. Basta de gente covarde e conciliadora. Conciliação é depois da guerra, não antes.
É hora de subir o tom, intensificar o discurso e mostrar que um país é feito de povo, não de analistas de conjuntura.
Basta de covardia, basta de tédio, basta de sofisticação.
A disputa e simples. É democracia versus ditadura, é civilização versus barbárie, é vida versus morte.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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