É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que encontrar um pastor evangélico bolsonarista que não minta
Durante comício realizado em São Paulo, Lula declarou que "se o pastor estiver falando coisa séria, a gente respeita, mas se estiver mentindo, temos que enfrentá-lo. ” Claramente, um recado direcionado a lideranças evangélicas bolsonaristas, como o pastor e deputado Marco Feliciano, que tem semeado entre os fiéis de sua igreja a mentira de que Lula irá fechar igrejas evangélicas. Quem dera. Pelo menos, para igrejas como as de Feliciano e outros picaretas da fé que sobem ao púlpito para pregar o evangelho do roubo, da morte e da destruição, orientando o voto de suas ovelhas segundo os próprios interesses. A fala de Lula sugere a criação de uma sessão pública para descarrego de pastores. Porque é mais fácil encontrar um cego que volto u a enxergar num culto da Universal, do que encontrar um pastor evangélico bolsonarista que não minta.
Tais igrejas se tornarão verdadeiros comitês de campanha eleitoral que escondem atrás do nome de Jesus Cristo, o nome de outro messias. Ainda que esse, apesar de ser considerado um mito, já tenha declarado que não faz milagres. Se Cristo é o caminho a verdade e a vida, Bolsonaro, é o buraco, a mentira e a morte. Os pães que Jesus multiplicou e repartiu entre a multidão, Bolsonaro comeria sozinho com leite condensado. Talvez, nem se dignaria a oferecer um pedaço a Michelle, aquela que vem sendo usada como pastora em sua campanha e tem profetizado uma nação cujo presidente é Deus e seu marido é o seu enviado. Quando Lula tem a coragem de confrontar os falsos profetas que comandam esse neopentecostalismo capitalista e diabólico, ele desafia os fariseus chefes dessas igrejas a fazer em algo que nem Deus ainda conseguiu que eles fizessem. Falar a verdade. Porque é mais fácil o assassino Guilherme de Pádua ir para o céu, do que encontrar um pastor evangélico bolsonarista que não minta.
Voltando a Marco Feliciano e a defesa da igreja de Jesus Cristo que ele diz estar fazendo ao espalhar mentiras sobre Lula, é possível encontrar na internet um vídeo no qual ele faz uso do altar de sua igreja para pedir que suas ovelhas votem em Dilma Rousseff e compara Lula a uma figura “messiânica” que conquistou o mundo durante os seus 8 anos de mandato. Abrindo o paletó e mostrando uma camisa do PT com o nome da ex-presidenta, Feliciano declara à igreja de Jesus, ou à dele mesmo, como queiram, que “sou cristão e voto em Dilma” Será que Deus, que ele diz estar em contato diário e diuturno, ainda não havia revelado a ele que o PT era um partido das trevas, que a esquerda queria destruir a família cristã brasileira e que Lula voltaria em 2023 para fechar as igrejas? Ma s não foi apenas Marco Feliciano que não recebeu de Deus tão importante revelação. Silas Malafaia, Edir Macedo, Magno Malta, entre muitos outros amigos mais chegados ao todo poderoso, também já apoiaram Lula e Dilma. Ou Deus os estava provando em sua honestidade, ou ele nunca revelou nada a eles. Porque é mais fácil o dinheiro do dízimo estar caindo na conta de Deus, do que encontrar um pastor evangélico bolsonarista que não minta.
A próxima eleição será marcada pelos duelos entre o bem e o mal, a verdade e a mentira, o amor e o ódio, a vida e a morte. Mas é preciso estar atento para não escolher o lado errado, achando que escolheu o lado certo. Porque é mais fácil o diabo se passar por Deus, do que encontrar um pastor evangélico bolsonarista que não minta.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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