Eleições 2024: é preciso reconhecer o que ocorreu
"Para melhorar nosso desempenho no 2º turno, é fundamental não nos iludirmos sobre o que houve no 1º turno: uma derrota", avalia Valter Pomar
Domingo 6 de outubro de 2024 terminou com algumas vitórias e muitas derrotas para a esquerda brasileira.
Nos dois casos, nossa saudação a quem travou o bom combate, defendeu as causas justas, sustentou nossas bandeiras, carregou nossa estrela no peito.
Nas próximas semanas, teremos que combinar a disputa do segundo turno com o balanço dos resultados.
Por um lado devemos trabalhar para vencer no maior número possível de cidades, a começar pelas capitais em que candidaturas de esquerda foram ao segundo turno: São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza, Natal e Cuiabá. Lembrando que também fomos ao segundo turno em muitas outras cidades importantes.
Por outro lado precisamos reconhecer o que ocorreu no primeiro turno: uma derrota.
Há diferentes tipos de derrota, há inúmeros aspectos e variáveis a considerar, inclusive as táticas adotadas e os prognósticos equivocados.
Em contraste com isso, há vitórias que mostram que tudo poderia ter sido diferente, como é o caso - por exemplo - de Juiz de Fora e Contagem. E como é o caso, também, de algumas cidades em que fomos ao segundo turno.
É preciso avaliar estas vitórias, assim como é preciso lutar para ampliar nosso resultado no segundo turno. Por isso mesmo, para melhorar nosso desempenho no segundo turno, é fundamental avaliarmos detidamente e não nos iludirmos sobre o que houve no primeiro turno: uma derrota.
E a pior derrota é aquela que evitamos chamar pelo nome, sem tergiversações. Pois quem tergiversa, além de passar certo ridículo, não consegue nem mesmo extrair ensinamentos e corrigir rumos.
É a esse esforço que nos dedicaremos nos próximos dias: extrair lições do primeiro turno e vencer o segundo turno.
Esperamos que esta seja a atitude, também, do conjunto da esquerda, a começar pelo nosso Partido dos Trabalhadores. E Trabalhadoras.
Luta que segue.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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