Em defesa do mandato de Liana Cirne
Sua exuberância, altivez e destemor incomoda. Incomoda sobretudo a certos indivíduos investidos de cargos públicos
Eu conheço a professora e vereadora Liana Cirne há mais de 10 anos. Fui seu professor na pós-graduação em Direito, seu colaborador em cursos de pós-graduação e colega na UFPE. Trata-se de uma pessoa íntegra, competente, preparada e de espírito combativo e independente. Sempre vislumbrei para ela um brilhante futuro na cátedra ou na política. Para minha alegria ela foi brilhante nas duas áreas.
Sua exuberância, altivez e destemor incomoda. Incomoda sobretudo a certos indivíduos investidos de cargos públicos que não suportam ver uma mulher se destacar tanto como Liana, faz parte da machocracia brasileira e pernambucana. As ofensas que recebeu recentemente de um dirigente partidário da extrema direita aqui em nosso Estado só se explica no árbitro dessa ginofobia, desse ressentimento, ódio às mulheres inteligentes, bonitas e corajosas. Esse é o caso da agressão verbal sofrida por Liana.
Dizer que a bajulação a Bolsonaro tornou-se quase uma rotina por políticos que almejam se eleger ou reeleger é uma constatação trivial e verdadeira. Veja se o caso de Ricardo de Freitas e Tarcísio Freitas em São Paulo. Ambos vivem bajulando o ex-mandatário, para obter os votos dos bolsonaristas em São Paulo. Esse processo se repete em outros estados, inclusive aqui em Pernambuco, onde os bolsonaristas não são maioria.
Política rasteira, sem conteúdo cívico ou moral, que não atingem ou arranham um milímetro sequer do prestígio de que goza a vereadora pela importância das causas que defende, sempre ligadas aos interesses da população pobre, negra, trabalhadora do Recife, sem falar em outras pautas tão importantes como esses interesses.
Outra coisa, o PT não é um partido comunista. Surgiu do sindicalismo do ABC, das comunidades eclesiais de base e de intelectuais que criticavam o estalinismo na ex-União Soviética. Chamar o PT de Comunista é o mesmo que dizer que o judaísmo e o cristianismo são a mesma coisa.
O pior é que a ignorância e o fundamentalismo levam a essas confusões, São os crentes bolsonaristas que fazem essa mistura. Ressalte-se que nem todo crente é bolsonarista e judaizante. Só os mais atrasados anticomunistas é que fazem a confusão instigados por seus pastores.
Dito isto, o que temos a fazer é defender com firmeza o brilhante mandato da vereadora Liana Cirne e reelegê-la em outubro. Se não, a Câmara dos Vereadores ficará órfã de uma de suas mais valorosas representantes.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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