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    Jeferson Miola

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    Em mais um capítulo da diplomacia da vergonha, Ernesto Araújo aciona PM para desocupar embaixada da Venezuela

    "O lunático Ernesto Araújo, que mancha e desonra a história do Itamaraty, é a prova irrefutável de que a matilha bolsonarista não conhece limites do ridículo, do absurdo, do burlesco", afirma o jornalista

    O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo (Foto: José Cruz/AgÃência Brasil)

    O lunático Ernesto Araújo, que mancha e desonra a história do Itamaraty, é a prova irrefutável de que a matilha bolsonarista não conhece limites do ridículo, do absurdo, do burlesco.

    Em mais um capítulo da diplomacia da vergonha, Ernesto Araújo abandonou a diplomacia e acionou o comando da Polícia Militar do DF para desocupar ilegalmente e com truculência a embaixada da Venezuela no Brasil.

    Em ofício ao comandante do 2º Comando de Policiamento Regional Metropolitano da PM-DF, o comandante do 5º Batalhão repete a informação repassada pelo diplomata Maurício Correia, que o governo venezuelano não reconhece como verdadeira, de que “os diplomatas venezuelanos foram informados há 2 meses atrás da intenção do Governo brasileiro de retirá-los do Brasil”.

    O comandante enfatiza “que mesmo com este prazo, não saíram por conta própria. Portanto, baseado nas informações colhidas até o momento, é bastante provável que haja resistência por parte dos diplomatas venezuelanos em sair da Embaixada”.

    Na visão dele, a PM poderá lançar mão de truculência diante desta resistência: “Isto importa dizer que há a possibilidade de movimentos sociais atuarem em defesa dos diplomatas venezuelanos podendo ocupar as instalações da Embaixada, o que dificultaria o processo de retirada e demandaria emprego de tropa especializada e reforço de efetivo”.

    O comandante do 5º Batalhão pede “reforço de policiamento (em ambas extremidades da Embaixada) e apoio das tropas especializadas para estarem em condições de atuar a partir da madrugada do dia 03 para o dia 04 de maio de 2020, até que a embaixada seja desocupada”.

    No dia de ontem, 1º de maio, o deputado petista Paulo Pimenta protocolou habeas corpus [HC] no STF pedindo a concessão de liminar em favor de todos representantes diplomáticos e consulares da Venezuela, “para fazer cessar o constrangimento ilegal em virtude da decretação desmotivada de sua retirada imediata do país junto com toda a sua família […] até o final do estado de pandemia mundial, para que se discuta posteriormente as questões diplomática entre o Brasil e a Venezuela”.

    A decisão sobre o pedido de HC do deputado Paulo Pimenta está nas mãos do presidente Dias Toffoli do STF, que poderá deter este abuso inaceitável e ilegal que afronta a Convenção de Viena e a Constituição brasileira [aqui].

    No dia 30, a PGR fez recomendação ao Itamaraty também com o objetivo de suspender a retirada dos diplomatas venezuelanos, pelo menos enquanto dure a pandemia.

    É improvável que se consiga encontrar similaridade de postura tão escrota como a do Ernesto Araújo na história das relações internacionais entre os países do mundo.

    Esta diplomacia da vergonha, inteiramente subserviente aos EUA e cegamente obediente às ordens que chegam a Brasília desde Washington, faz do Brasil cada vez mais um pária internacional e do Ernesto Araújo o pior diplomata do mundo.

    Ofício ao comandante do CRPM-DF: SEI_GDF – 39464024 – OfícioHabeas corpus deputado Paulo Pimenta [PT]:  HC-Paulo Pimenta-Venezuelanos.pdf

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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