Equador em busca da Aurora
O que o povo equatoriano deve fazer nesse momento crucial? A resposta é fácil: Luisa González na Presidência!
Muitos povos, por enquanto, podem escolher quem irá liderar a sua nação no caótico período histórico que se apresenta com crise climática e Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos. No Equador, nesse sentido, a maioria, a classe trabalhadora, não pode ter dúvida alguma e eleger, sem pestanejar, Luisa González como sua nova presidenta.
No dia 13 de abril, o país irá às urnas para depositar suas esperanças em um novo ‘amanhecer’ para o Equador. De um lado está a socialista Luisa González, 47 anos de idade, afilhada política do ex-presidente Rafael Correa, ela teve 43,8% dos votos no primeiro turno, a diferença foi inferior a cinquenta mil votos absolutos. Mulher corajosa, liderança política popular que despontou na classe trabalhadora de Quito, capital do Equador. González irá medir forças contra o magnata de extrema direita, Daniel Noboa, empresário, filho pródigo de família burguesa equatoriana do ramo de bananas. O Equador é o maior exportador da fruta, cerca de 30 mil toneladas por ano são vendidas para diversos países, sobretudo, aos EUA, maior comprador. Noboa tem 37 anos de idade, ele demonstrou despreparo político nesse curto período em que está à frente da nação, ele é o presidente desde outubro de 2023, quando Guillermo Lasso, banqueiro insaciável, deixou à Presidência após imenso fracasso político e administrativo. A administração Noboa tem acentuado a insatisfação popular para além do normal. Agora, vamos a algumas propostas deles.
Ao falarmos sobre as proposições dos candidatos, por óbvio, podemos resumir estabelecendo: González quer conter e reverter as medidas políticas e econômicas que têm prejudicado (e muito) a população do país. Do outro lado, Noboa quer aprofundá-las. A candidata do Movimento Revolução Cidadã promete de início algo elementar após a destruição do país, a partir dos anos 2000. Reformular os Ministérios dos Direitos Humanos, Segurança e Justiça. E, o que é elementar caminha conjuntamente com o que é necessário: restaurar o controle estatal da produção energética do país. Hoje o apagão é a realidade, às vezes são catorze horas sem energia em todo o território. O futuro é captação de energia solar e eólica, proposta de González. Agora, Noboa. O breve presidente deve ser repelido nas urnas. Sua má gestão está sufocando a população, o sentimento de insegurança está instalado no tecido social, com o crescimento do narcotráfico internacional. Autoritário, Daniel Noboa fez o que a extrema direita sabe fazer, impôs o Estado de exceção a partir da violência policial e a utilização das Forças Armadas. O seu projeto é endurecer a repressão. A tragédia é a meta. Com Noboa, o Equador será transformado em ditadura.
No frigir dos ovos, a situação do Equador se repete em toda a América Latina, é fundamental barrar o avanço da extrema direita e o imperialismo estadunidense. Em outras palavras, os equatorianos têm de eleger Luisa González no segundo turno. Somente com a esquerda unida no poder será possível focar em alternativas financeiras e econômicas que verdadeiramente privilegiem a classe trabalhadora.
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