Escolas públicas estaduais do Paraná: Ratinho Junior quer privatizar para lucrar
A educação pública paranaense começou a ser um negócio de poucos, que gera prejuízo para muitos
No estado do Paraná, de 2019 a 2022, ainda pela gestão do Ratinho Junior, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), na época, sob autoridade do Renato Feder, implantou e implementou a privatização de escolas estaduais paranaenses.
Perante essa medida radical, inconveniente e mercadológica, constatou-se que a perspectiva desse secretário, além de lucrar com produtos digitais (plataformas e aplicativos educacionais) “alugados” para esse estado, a obtenção de lucros, por meio do Projeto Parceiros da Escola, foi mais uma de suas insolências.
No período em que esteve no Paraná, Feder, por meio desse projeto citado, conseguiu privatizar grande parte de duas escolas paranaenses. Dessa forma, professores trabalhavam mais, recebiam baixos salários, sem plano de carreira, tinham menos tempo para preparações de aula, não podiam contrariar a secretaria, empresa ou diretores, e adotavam uma perspectiva conteudista, visando melhores índices nas avaliações externas Saeb e Saep.
Com isso, pela linha tecnicista e tradicional de ensino da Seed-PR, distinta a uma formação cidadã plena, integral, crítica, reflexiva e dialógica no entorno escolar dessas escolas, um retrocesso foi instaurado.
Atrelado a isso, o cumprimento de metas baseado em conteúdos memorizáveis, fraudes em frequência escolar (educação bancária) e maior redução de gastos possíveis, para a obtenção de maior lucro para a empresa prestadora de serviço educacional, foi um caos aos trabalhadores educacionais que foram submetidos a isso.
Desta vez, em 2024, ainda no estado do PR, enquanto atual secretário de educação, Roni Miranda Vieira, que foi indicado por Feder, no mandato anterior de Ratinho Junior, continua implementando a perspectiva neoliberal de seu antecessor e seu atual governador. Assim, evidentemente, transforma a Educação em mercadoria, em prol de interesses privados e próprios.
O Projeto Parceiros da Escola, iniciado pela gestão educacional paranaense anterior, como teste desastroso para a comunidade, mas lucrativo aos interesseiros, será renovado.
Atualmente, espera-se que a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) vote esse projeto de lei, visando privatizar 200 escolas, entre as mais de 2200 do Paraná. Entretanto, é parte do começo para lucrar no que for possível, pelas instituições de ensino públicas.
Enfim, lamentavelmente, a educação pública paranaense começou a ser um negócio de poucos, que gera prejuízo para muitos. Desse modo, hoje em dia, o lobismo está dentro do próprio governo.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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