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    Roberto Ponciano

    Escritor, mestre em Filosofia e Letras, especialista em Economia. Doutorando em Literatura Comparada

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    Fascistas vira-latas balançam o rabo para o Fuhrer ianque

    Este bando de vira-latas nem titubeia são servis aos interesses ianques e não tem coragem de fazer nenhuma defesa dos interesses do povo brasileiro

    Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução/Vídeo/X)

    A imagem mais cretina e abominável do ano, até agora, foi a do pseudo governador de São Paulo, Tarcínico de Freitas, no meio daquela excursão mambembe de vira-latas protofascistas brasileiros, que foram saudar o novo Führer, Trump, em sua posse – aliás, barrados no baile, assistindo de fora, como típicos vira latas assistindo o frango virando na assadeira – com o ridículo boné “Make America great again”.

    No segundo seguinte, Ku Klux Klan na rua, agentes federais e policiais na rua, caçando brasileiros como se estes fossem animais. Presos, algemados, humilhados, tratados como lixo, os brasileiros foram expulsos do “Sonho Americano”.

    Vira-latas Tarcínico calado, vira-latas Bolsonaro Calado, vira-latas Bananinha calado, vira-latas Carluxo calado, vira-latas Micheque calada, vira-latas Malafaia calado, vira-latas Caiado Calado, vira-latas Magno Malta calado, vira-latas Chupetinha calado, vira-latas Zambeli calada. Nenhum dos vira-latas adoradores do novo Fuhrer expressou sequer um latido de solidariedade contra esta caça aos brasileiros.

    São puxa-sacos, frouxos, covardes e vis. Detestam o povo brasileiro, tanto quanto Trump. O falso patriotismo deles resume-se a prestar continência para pneus e vestir a camisa Nike CBF. Não tiveram nenhum ato de compaixão e solidariedade, não demonstraram nenhuma empatia, não levantaram a voz para o amo. Entre a bandeira dos Estados Unidos e a brasileira, este bando de vira-latas nem titubeia, são servis aos interesses ianques e não tem coragem de fazer nenhuma defesa dos interesses do povo brasileiro.

    Para tratar uma doença, a primeira coisa é o correto diagnóstico. Não dá para chamar o governo Trump de outra coisa que não de fascista. É a maior perseguição protofascistas nos Estados Unidos, desde o Macarthismo. A estratégia de segregação de estrangeiros é exatamente igual à de Hitler, que não perseguiu só judeus. Perseguiu todos os diferentes. Hitler perseguiu judeus, gays, comunistas, socialistas, hemofílicos, testemunhas de Jeová e todos aqueles que ele considerou como “raças inferiores”. “Make América great again” tem o mesmo móvel, todos os que Trump persegue (este filho de uma migrante ilegal) são os considerados diferentes e pertencentes a raças inferiores, que não participam da raça eleita (o estadunidense “típico” branco), que merecem assim sofrer todo tipo de humilhação. Qualquer semelhança com Hitler não é mera coincidência.

    Tem muro e já tem Gueto, Guantánamo, que virará “prisão”, campo de concentração para aqueles que não foram eleitos, é projeto de Auschwitz, por hora sem as câmeras de gás. É a maior investida contra os direitos e garantias conquistados, mesmo dentro do capitalismo, na história recente da humanidade, e não nos iludamos, Trump não pretende espalhar o fascismo só pela América, ele quer ser líder e inspirador de uma era de obscurantismo, tirania, perseguição e exclusão.

    Não são sinais inequívocos de fascismo, é um governo insuspeito de não ser fascista. Um horror e ver a tentativa ensandecida dos meios de comunicação de não chamar fascista de fascista. Para a mídia amestrada que chama Maduro, Putin e Kim Jong-il de tiranos e levanta a voz para a suposta ou real perseguição de opositores no chamado “eixo do mal”, há um malabarismo para dar ares de normalidade às atitudes fascistas e ditatoriais de Trump. Numa das chamadas sobre a deportação dos brasileiros e latinos, a Rede Globo deu a notinha que cerca de metade dos deportados teriam mandados em aberto com a justiça”. O cinismo e a desfaçatez são demais, já que, o simples fato de estar dentro do território dos EUA, sem estarem “legais” já os confere a situação de pessoas fora da lei. Prisões de crianças e mães, tentativas de deportaram mães e pais, mesmo com filhos nascidos nos Estados Unidos, destruindo famílias, são tratados com luvas de pelicas, o que não aconteceria se o mesmo ocorresse na Venezuela, Rússia, e Coreia do Norte.

    São 30 mil presos, neste momento, de uma grande e grave crise humanitária, com tratamento fascista para pessoas pobres que se refugiaram nos Estados Unidos, ou fugindo da pobreza, guerras, ou de perseguições políticas. O tom servil não é só dos vira latas bolsonaristas fascistoides brasileiros, mas também da nossa imprensa.

    O governo Lula foi altivo ao receber os emigrados retirando-lhes as algemas e proibindo que forças estadunidenses tivessem qualquer legitimidade para encostar um dedo nos brasileiros dentro do nosso país. Mas sim, sem fazer oposição ao nosso governo, é necessário subir o tom. A nota do Ministro Lewandowski sobre as deportações foi correta tecnicamente, mas tímida demais. Os governos de toda a América Latina têm que condenar este ato cruel, desumano e persecutório.

    Lembram da pressa da OEA ao tentar criar uma crise diplomática para subverter a situação da Venezuela, desde sempre acusada de estar em permanente crise humanitária? Que silêncio é este quando 30 mil cidadãos, em sua maioria latino-americanos, são tratados como marginais, como lixo humano nos Estados Unidos? O silêncio da OEA não é aceitável, os países progressistas da região devem organizar a mais resoluta condenação da atitude desumana e persecutória de Trump.

    E não só a OEA, não é possível que haja silêncio da ONU diante da maior crise migratória recente da história da humanidade. Deveriam fazer nossas as palavras da bispa de Washington, Mariann Edgar Budde, que pediu misericórdia pelos fracos e perseguidos.

    Termino este texto declarando que não sinto nenhum prazer em ver nenhum migrante preso. Pouco importa se algum deles apoiava Bolsonaro, pouco importa se alguns foram presos inclusive com camisas de apoio a Trump. São os deserdados da terra, são os pobres, os perseguidos, que são vítimas da exploração e da alienação do sistema capitalista. Ao vê-los sofrendo temos que ter a grandeza de Lula ao acolhê-los e não a pequenez dos bolsonaristas vira latas que se calam e abanam o rabo para o dono fascista, Donald Trump.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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