Glória! O futebol voltou!
Finalmente, após um longo período de abstinência, o torcedor vai poder assistir futebol. E a Copinha, como sempre, promete!
Por Juca Simonard
Para muitos brasileiros, o final de dezembro é uma agonia tremenda. Sem partidas de futebol até o início de janeiro, o brasileiro precisa conviver com um vazio em seu coração, uma verdadeira solidão espiritual. Mas, glória!, chega janeiro e começa a Copinha, o principal torneio brasileiro do futebol júnior.
A Copa São Paulo de Futebol Júnior reúne mais de 100 clubes, que disputam entre si para ver quem tem a melhor base, para mostrar ao mundo o futuro do futebol nacional. E internacional, visto que daí surgem os craques que serão vendidos para o exterior, o Brasil na sua condição de exportador de matérias-primas. Aliás, a melhor matéria-prima do mundo futebolístico! Mesmo com alegação caluniosa contra nosso futebol, somos o país que mais exporta jogadores, pois temos os melhores e produzimos em quantidade industrial.
Na última Copinha, surgiu Endrick, campeão pelo Palmeiras e que promete ser o principal jogador brasileiro após Neymar. O garoto encantou o Brasil e, depois, o mundo. Com apenas 16 anos, já foi vendido para o Real Madrid por um valor estratosférico — e que poderia ser ainda maior se os nossos clubes tivessem algum poder financeiro para competir no mercado contra os europeus. Quando completar 18 anos, deve jogar com outras joias nacionais, como Vinícius Júnior, Rodrygo e Éder Militão.
Endrick conquistou o título inédito do Palmeiras em 2022 e jogou uma monstruosidade. Quem não lembra do seu gol de bicicleta contra o Oeste? Um senhor golaço!
O vazio no peito do brasileiro, finalmente, acabou! Agora, podemos voltar a assistir futebol, preparando-nos para os campeonatos estaduais e, depois, para as competições nacionais e continentais.
Há ainda a disputa do mundial de clubes, que deve ser, como de costume, entre o campeão da Libertadores e da Liga dos Campeões: Flamengo e Real Madrid. Veremos se 1) o português Vítor Pereira conseguirá manter o nível do time de Dorival Júnior; e 2) se o Flamengo consegue superar a seca de 10 anos sem um time brasileiro ou sul-americano conquistar o título mundial, quebrando a hegemonia dos riquíssimos clubes europeus.
De fato, a globalização no futebol e a desigualdade entre os clubes se tornaram tamanha — com os clubes europeus tendo nossos melhores jogadores — que vencer o mundial tornou-se uma tarefa muito mais complicada. Por enquanto, o Corinthians de Tite — isso mesmo, este que agora nossa imprensa venal e torcedores tratam de desprezar — mantém a honra de ter sido o último campeão sul-americano do mundial da FIFA.
Por enquanto, aproveitem a Copinha. 128 clubes disputando para chegar à próxima fase; mais de 380 jogos só na fase de grupos; e, depois, os melhores irão disputando a segunda, a terceira, as oitavas, as quartas, as semi até os dois melhores decidirem o mais novo campeão.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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