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    Tereza Cruvinel

    Colunista/comentarista do Brasil247, fundadora e ex-presidente da EBC/TV Brasil, ex-colunista de O Globo, JB, Correio Braziliense, RedeTV e outros veículos.

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    Governistas se dividem no Senado

    "O 'racha' não vai afetar o apoio a Lula, mas pode deixar sequelas no relacionamento entre aliados", escreve a colunista Tereza Cruvinel

    Plenário do Senado (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

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    Por Tereza Cruvinel, para o 247

    Poucas horas depois de derrotarem o candidato bolsonarista à presidência do Senado, Rogério Marinho,  os apoiadores do Governo na Casa dividiram-se em dois blocos de atuação parlamentar. E por razões menores. O "racha" não vai afetar o apoio a Lula, mas pode deixar sequelas no relacionamento entre aliados. Com isso, o líder do Governo, Jacques Wagner, colheu seu primeiro desgaste no cargo.  

    Estava em curso a formação de um bloco majoritário reunindo PT, MDB, PSD e União Brasil (UB).  Mas, ainda durante a votação de anteontem, Wagner começou a formar um outro bloco,  reunindo PT, PSB, PSD e Rede, denominado Resistência Democrática, totalizando 28 senadores. Surpreendidos, MDB e UB formaram logo outro bloco, reunindo também PDT e Podemos. Este, denominado Democracia, terá 31 senadores.

    O senador Renan Calheiros explicita o azedume dos preteridos com a iniciativa de Wagner.

     - Nós fomos surpreendidos, inclusive pela deselegância, pois sequer fomos avisados da mudança de planos.  E isso foi feito apenas para garantir à senadora Eliziane Gama (que acaba de trocar o Cidadania pelo PSD) o cargo de líder da maioria.

    Mas, como o bloco Democracia acabou ficando maior que o liderado pelo PT, a liderança da maioria acabará ficando mesmo com o MDB, possivelmente com Renan.

    Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ouviu a queixa dos aliados e teria lhes dado razão.

    Este é um exemplo de movimento desnecessário e nocivo ao Governo que, há poucas horas, temia uma derrota no Senado. E que, mesmo com a vitória de Pacheco, viu a oposição destinar 32 votos ao bolsonarista Marinho, o que exigirá um fino monitoramento da base no Senado. 

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    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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