Impunidade das fake news dá aos fascistas "licença para matar"
'O país ficará desprotegido do caos destrutivo da irrealidade', escreve o colunista Tiago Barbosa. 'O Brasil não pode morrer de mentiras'
A liberação das fake news pela direita sacramenta a mentira como artifício político no Brasil assolado pela desinformação.
É aval institucional ao estupro da realidade para gozo de projetos extremistas calcados exclusivamente na alienação.
A impunidade escancara o grau de putrefação do Congresso cooptado pelo bolsonarismo - a expressão do obscurantismo à brasileira - e rearma o ataque à democracia.
A punição rigorosa ampliaria o cerco a narrativas falsas criadas para produzir efeitos imediatos - e, sobretudo, perigosos.
Não é recurso retórico: a mentira mata.
Alija o cidadão do senso crítico essencial à tomada segura de decisões para uma vida decente.
Não à toa a informação e o conhecimento são inimigos do bolsonarismo porque desfazem o emburrecimento ideológico útil à cavalgadura política.
Esfacelam a olavização do mundo e o charlatanismo religioso ancorados na servidão irracional a dogmas delirantes.
Esse abrandamento legal só empodera o ecossistema de mentiras mantido por factóides da mídia e do bolsonarismo mixados no submundo do zap.
O pacto para tolerar fascismos e eleger serviçais do mercado e da manutenção de privilégios - a sina eterna do ocaso brasileiro.
A vitória do vale-tudo projeta um futuro sombrio ao desproteger o país do caos destrutivo da irrealidade.
O Brasil de verdade não pode morrer de mentiras.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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