Incentivo para professores em formação: e o incentivo para professores em ação?
"O maior problema da Educação Básica nunca foi a formação de professores em nível superior; mas, sim, as péssimas, ruins ou más condições de trabalho docente"
Para o ano de 2025, o Ministério da Educação (MEC) lançou o programa Pé-de-Meia Licenciaturas, que faz parte do Programa Mais Professores para o Brasil.
Especifica e basicamente, é um tipo de bolsa remunerada, que destina R$ 1.050,00, dividido em saque imediato (R$ 700,00) e poupança (R$ 350,00), além de outros benefícios, a cada estudante matriculado em curso de licenciatura presencial, no Brasil. Para tanto, desde que tenha nota igual ou superior a 650 pontos no Enem, e ingresse via Sisu, Prouni ou Fies Social, inicialmente.
Para manter a bolsa ativa, é necessário que os estudantes contemplados cursem a quantidade de créditos de cada período, obtenham resultados satisfatórios, semestralmente, e ingressem na rede pública de ensino, em até cinco anos, basicamente.
Como justificativa nacional para a implementação desse programa, segundo o MEC, existe o fato de que a carreira de magistério brasileira é pouco atrativa, o que gera desinteresse inicial por muitos brasileiros, entre os ingressantes, muitos que têm baixo nível de desempenho em vestibular e alta taxa de desistentes.
Em tese, é um bom e necessário projeto a ser estabelecido a nível nacional, evidentemente. No entanto, para priorizar, o maior problema da Educação Básica, no Brasil, nunca foi pela formação de professores em nível superior; mas, sim, as péssimas, ruins ou más condições de trabalho docente.
Para exemplificar, comumente, professores da Rede Pública, além de não receberem salários devidos aos seus esforços, tem que “tirar dinheiro do próprio bolso” para comprarem folhas sulfites, canetas ou gizes de lousa, apagadores, papel higiênico, falta de impressoras, entre outros materiais para a realização de atividades escolares comuns ou especiais.
Com isso, salários defasados e recursos limitados, somados às salas superlotadas e quantidade de profissionais insuficiente para atendimento à demanda tratada, mais do que possível falta de conhecimento teórico, existe a falta de condições dignas para trabalhar.
O maior desafio a ser feito é a valorização efetiva do atual professorado municipal, estadual ou federal, a fim de que, por meio desse prestígio, alunos admirem esse tipo de profissão e, cada vez mais, desejem atuar em prol da educação brasileira.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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