INRI Cristo, padre Quevedo e Jair Bolsonaro

Terminamos o ano de 2023 como se estivéssemos assistindo um debate entre INRI Cristo e Padre Quevedo, duas personagens polêmicas, excêntricas e, na minha opinião, muito rock’n roll, que participavam de programas de televisão nas décadas de 1980. 

Em Israel, a população que historicamente se manifesta contra o grupo Hamas, faz manifestação pelo fim do massacre,  indo às ruas com cartazes pedindo a destituição de Netanyahu e novas eleições imediatamente. 

No Brasil, grupos sionistas atacam quem se declara contra o extermínio de palestinos em Gaza e são rebatidos pela própria comunidade judaica. Como aconteceu recentemente com a Presidenta do PT Gleisi Hoffman que defendeu Breno Altman, jornalista fundador do site Opera Mundi. 

“Altman é perseguido pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), que age em nome daquele governo em nosso país. Com a participação de agentes do MPF e da PF, querem condená-lo por suas opiniões. Não podemos  ser coniventes com essa perseguição. A intolerância não é de Altman, mas de uma entidade que nega aos judeus o direito de não aceitar a doutrina sionista, responsável pelo histórico massacre do povo palestino", disse Gleisi. 

A guerra Rússia x Ucrânia perdeu os holofotes o que é muito ruim para o comediante (quase escrevi Milei) Zelensky. Entre um bocejo e outro, o presidente da Ucrânia atacou a Rússia, e teve como resposta um ataque na região central de Kharkiv, ferindo oito pessoas, atingindo uma instituição médica, apartamentos e outras instalações civis. 

O perigo deste conflito ter se tornado secundário, é que alguém pode perceber que o momento é propício para disparar uma arma irreversível para a continuidade da vida no planeta. 

Em Washington, sul-coreanos e americanos se reuniram para um “planejamento nuclear e estratégico”, e foram advertidos pelo líder norte-coreano Kim Jong-un, que ameaçou reagir se provocado. 

Na Argentina algo inédito está em curso, o pedido de impeachment de um presidente antes mesmo de completar um mês no governo. Javier Milei é um misto de INRI Cristo, padre Quevedo e Jair Bolsonaro. Só mesmo um ministro da economia, que destruiu o país, seria capaz de perder para essa aberração.  

Enquanto isso, em 2023 o Brasil conseguiu limpar o seu nome no exterior, fecha o ano com a economia em crescimento, queda no desemprego e inflação sob controle. Que llegue el 2024!