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      Oliveiros Marques

      Sociólogo pela Universidade de Brasília, onde também cursou disciplinas do mestrado em Sociologia Política. Atuou por 18 anos como assessor junto ao Congresso Nacional. Publicitário e associado ao Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), realizou dezenas de campanhas no Brasil para prefeituras, governos estaduais, Senado e casas legislativas

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      Interditem Trump

      Está claro, ao contrário do que diziam sobre Biden, carregado de preconceitos por conta da idade, é Trump quem não demonstra gozar de plenas faculdades mentais

      Presidente dos EUA, Donald Trump, fala enquanto assina decretos no Salão Oval da Casa Branca, em Washington - 09/04/2025 (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

      Tenho dúvidas se o caso de Donald Trump seria, de fato, resolvido com um processo de impeachment. Ainda que já existam argumentos consistentes para isso. Um dos pontos que podem fundamentar um pedido de impeachment contra um presidente norte-americano é a prática deliberada de mentiras ou fraudes que provoquem danos econômicos intencionais. Os trilhões de dólares em perdas causadas pelas bravatas de Trump — muitas delas baseadas em dados flagrantemente falsos — colocam essa hipótese no campo do plausível.

      Até acho que se já não apresentaram pedidos no Congresso norte-americano, o farão, mas suspeito que essa vacina não mataria o vírus que se espalha pelo corpo da política mundial. E aqui no Brasil, dadas as condições climáticas e as características intelectuais bovinas de parte da população, esse vírus se alastra com mais facilidade e velocidade. É preciso um remédio mais forte. Algo que não apenas contenha a infecção, mas que a extirpe.

      O caso é de interdição. Interditá-lo juridicamente não para proteger seus direitos, mas em defesa do direito natural da humanidade. Um direito que, acredito, precede todos os outros.

      Está claro que, ao contrário do que diziam sobre Biden — carregado de preconceitos por conta da idade — é Trump quem não demonstra gozar de plenas faculdades mentais. Tem se mostrado incapaz de refletir com profundidade, o que explica as idas e vindas em suas decisões equivocadas. Não consegue dimensionar o quanto a China está preparada para o enfrentamento, nem reconhecer que sua sabedoria estratégica supera o ativismo raso americano. Tampouco enxerga que as consequências de suas medidas serão catastróficas para o mundo. Não é capaz de medir a dor que já provoca em milhões de pessoas ao redor do planeta. E, pior, parece não sentir absolutamente nada diante disso.

      Um sujeito que construiu sua fortuna entre tombos e blefes no mercado imobiliário encara o mundo como quem vende um apartamento ou concede um empréstimo hipotecário. Só que até nisso já fracassou — vide o que aconteceu com a Trump Mortgage.

      Trump já deixou claro como encara seu papel. Ele não se vê apenas como um “dealer”, mas como o dono do cassino, alguém que acredita poder manipular as máquinas ao seu bel-prazer. A proposta de genocídio contra os palestinos para, na Faixa de Gaza, erguer um resort de luxo, diz muito sobre ele. Assim como sua tentativa de se colocar como dono da Ucrânia para mediar a paz e explorar suas terras raras, ou de tomar a Groenlândia na mão grande.

      E quem deve cumprir a tarefa da interdição? O mundo — e seus líderes. A atenção e a atuação globais são urgentes. Lembremo-nos de como Hitler começou.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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