Licença de Moro é confissão de culpa

Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia 

A explicação do porta-voz do governo para a inesperada licença do ministro Sergio Moro é inédita na história da República e da língua brasileiras:

“Sai para reenergizar o corpo”.

“Reenergizar” é um verbo que não existe, nem consta entre os motivos que justificam uma licença de funcionário público, mesmo não remunerada.

Ora, daí se conclui o seguinte.

Se ele sai para “reenergizar” o corpo é porque alguma coisa o “desenergizou”.

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Só pode ter sido a Vaza Jato.

E se a Vaza Jato tirou sua energia só pode ser porque suas revelações são verdadeiras. Se fossem fake news não teriam tirado o sono do ex-juiz.

O pedido de licença de Moro é, portanto, uma confissão de culpa.

A impressão é que sai do olho do furacão para refletir sobre seu futuro.

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