Mídia cria o apocalipse para desmoralizar Lula
O aumento do dólar não é um fenômeno exclusivamente brasileiro ou decorrente de políticas internas do governo Lula
A alta do dólar, utilizada como pretexto para criar um cenário apocalíptico, é mais uma peça no velho jogo da mídia golpista: manipular fatos e criar pânico econômico para desgastar governos que priorizam políticas sociais. Esse tipo de narrativa, que "inventa o fim dos tempos", ignora propositalmente o contexto global, em que o dólar tem se valorizado em diversas partes do mundo devido à alta de juros nos Estados Unidos.
O que está por trás dessas manchetes alarmistas não é preocupação com o trabalhador ou com a economia real, mas sim com a manutenção dos privilégios de uma elite bilionária. Quando o governo investe em programas que beneficiam os mais pobres, a mídia, porta-voz dos grandes mercados, responde com terrorismo econômico, enquanto lucros recordes de bancos e especuladores são tratados como “resultados positivos”.
A Alta do Dólar: Um Fenômeno Global
O aumento do dólar não é um fenômeno exclusivamente brasileiro ou decorrente de políticas internas do governo Lula. Como mencionei anteriormente, a valorização do dólar está diretamente ligada à política de juros do Federal Reserve nos Estados Unidos, que tem atraído investidores ao mercado norte-americano. Países emergentes como o Brasil são naturalmente mais vulneráveis a esses movimentos, o que não significa descontrole econômico ou incompetência do governo.
Quem é “O Mercado”?
Quando os jornais, metrópoles, o globo, folha entre outros falam em “o mercado”, ela se refere a um grupo seleto de bilionários, investidores estrangeiros e bancos que movimentam a economia financeira global. Eles não estão preocupados com a inflação no supermercado ou com o desemprego. O que eles querem é uma economia que privilegie seus lucros: juros altos, cortes em políticas sociais e austeridade fiscal. Tudo isso cria um cenário perfeito para eles, mas desastroso para a maioria da população.
Por que “o mercado” não reclamam quando os bancos batem recordes de lucro? Por que não há manchetes revoltadas quando os especuladores ganham bilhões enquanto o trabalhador luta para pagar as contas? Porque essa narrativa não interessa à elite econômica.
O Verdadeiro Golpe Econômico
O verdadeiro golpe econômico é aquele que acontece quando governos cedem às pressões dos mercados e da mídia corporativa, cortando investimentos em saúde, educação e programas sociais para agradar aos investidores. Isso não apenas piora a desigualdade social, mas também prejudica o crescimento econômico do país. A alta do dólar não é consequência de políticas irresponsáveis, mas de um cenário global desafiador. É curioso como a mídia omite essas informações, focando apenas em atacar o governo.
Sabino, que tem apreço pelo bolsonarismo, sabe bem a quem serve. Não é a você, mas aos seus patrões, que detestam tudo o que Lula faz na questão social.
A crítica vinda desse comentarista, disfarçada de análise econômica, não é neutra nem objetiva. Ela é direcionada, tem lado e serve aos interesses daqueles que se incomodam profundamente com qualquer avanço social no país. Sempre que o governo Lula implementa políticas voltadas à valorização do salário mínimo, à inclusão dos mais pobres ou ao fortalecimento dos programas sociais, surge uma avalanche de textos acusando o governo de “descontrole” ou “golpe econômico”.
O que realmente incomoda esses setores – representados pela mídia tradicional e seus comentaristas – não é o dólar, a inflação ou o equilíbrio fiscal, mas sim a ideia de que o Brasil pode ser um país menos desigual, onde os mais pobres têm direito a dignidade. Eles preferem um país com juros altos e concentração de renda, onde o mercado financeiro e os bilionários lucram sem limites, enquanto milhões lutam para sobreviver.
Não nos enganemos: o discurso deles é sobre poder e privilégio, não sobre o futuro do país ou a qualidade de vida da população e para isso vale tudo, até mesmo anunciar o fim do mundo para o Brasil.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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