Não esqueça a esquerda bolsonarista
Só se percebe que não são radicais de direita e, sim, de esquerda, quando expõem a natureza de suas críticas
São indistinguíveis dos bolsonaristas quando se referem a Lula ou ao seu entorno. Xingamentos, deboches e até o que chamam de “críticas” têm a mesma virulência. Só se percebe que não são radicais de direita e, sim, de esquerda, quando expõem a natureza de suas críticas.
Outro dia, assisti entrevista de um deles. É bem celebrado nesse microverso de uma esquerda que tem aversão declarada a qualquer tipo de moderação no debate, pois vê no radicalismo uma qualidade extrínseca, oriunda da mentalidade obrigatória a membros da tribo.
Comentava a queda na popularidade de Lula e se jactava de ser consequência das críticas da SUA esquerda ao atual governo e a seu titular. Perguntado se não ligava para o fato de que estava ajudando o bolsonarismo, deu de ombros.
Aliás, mais uma vez se gabou – agora, pelo poder que tem de fazer o bolsonarismo vencer a Frente Ampla “neoliberal” que teria “sequestrado” o governo Lula.
São os responsáveis pela baixa popularidade de Lula. Trabalham arduamente para solapar a popularidade do presidente, de modo que os percentuais de regular, ruim e péssimo das pesquisas quanto a Lula e ao seu governo englobem esse quadrante da esquerda.
O entrevistado disse que esperava que Lula levasse o governo para a esquerda, após assumir. Ou seja: esperava um estelionato eleitoral nos setores de centro que votaram nele para evitar o mal maior...
Na opinião dele, o Lula 3 é igual a Bolsonaro 1 (?!).
Argumentar o quê?
Essa gente estendeu o tapete para a extrema-direita em 2013 e, agora, quer repetir a dose, mas de forma mais deletéria, pois terá resultados ainda mais duradouros que os gerados há 11 anos e 9 meses.
Provavelmente não obterão o que buscam. Luciana Genro ou Heloísa Helena pretendiam o mesmo ao chamarem Sérgio Moro de “herói”, derramando-se em elogios à Lava Jato por jogar Lula na cadeia. Mas se acaso tiverem sucesso, jamais deverá ser esquecido o que fizeram a este país...
De novo.
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