O Agro é pop e o pop não poupa ninguém
Deveríamos estar unidos em prol e empenhados em acabar com a fome no país como nos primeiros governos de Lula
O que os olhos não veem, o coração não sente. Essa é uma frase que representa que quando não há registro visual, as emoções não são contadas. A guerra travada entre governo e a agroindústria, apenas trás como vítimas, nós. A população. Uma das promessas de campanha do presidente Lula, é que todo brasileiro iria voltar a comer Picanha. Nos governos anteriores, Lula 1.0 e Lula 2.0, uma resposta foi dada ao mundo. O Brasil conseguiu retirar uma parte da população da linha da pobreza. Desta vez, depois do agravamento da polarização acirrada entre extrema direita e centro esquerda, da vitória de Trump nos EUA, a proximidade das eleições, vemos uma situação de queda de braço com planos maquiavélicos.
O Washington Post, em 2019, fez um artigo chamado How beef demand is accelerating the Amazon’s deforestation and climate peril, onde em uma extensa reportagem, mostrava como os pecuaristas brasileiros estavam desmatando e queimando a floresta tropical, em pleno aumento nas exportações de carne bovina. Todas as ardilosas maneiras de tentar se dar bem, acabando com a natureza. Essa forma de tratar tudo sem empatia com a natureza e a população brasileira, está sempre vindo à tona.
O último capítulo, mas não inédito, são os Produtores de alimentos que estão jogando comida no lixo para forçar um aumento de preços e baixar a popularidade do Lula. E são os mesmos agricultores que recebem BILHÕES em dinheiro público em subsídios e isenção de impostos. São cenas grotescas, em um país que no último governo recolocaram o Brasil no mapa da fome. Quando o próprio agronegócio, apoiador da extrema direita, viu a brecha das altas de preços dos alimentos, percebeu que o caminho poderia ser da sabotagem explícita.
Mais e mais boicotes por parte do agronegócio pra fazer os alimentos ficarem mais caros, estão acontecendo ao longo dessa semana. Uma prática, que remonta há décadas, sempre é explicada pelos produtores como alternativas empresariais como qualidade e segurança, transporte e custos de armazenamento. Excesso de oferta seria uma resposta mais desumana para o descarte, mas vemos que a pressão é a pior. O bilionário Carl Lindner, falecido dono da Chiquita Brands, maior produtora de distribuição de bananas do mundo e um dos maiores financiadores das campanhas políticas em Washington, dizia que os produtores de alimentos querem promover seu próprio interesse, são pragmáticos e estão muito preocupados com seu bem-estar financeiro.
Por acaso vocês viram o MST descartando comida? O maior produtor de arroz da América Latina, não está jogando seus produtos no lixo. Quando existe excesso de produção é doado a quem precisa. Apesar de ressaltarem o artigo 931 (Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.), a prática é usada há muito tempo. E não só no Brasil, recentemente a Argentina também mostrou o descarte criminoso de laranjas no lixo por produtores rurais.
Deveríamos estar unidos em prol e empenhados em acabar com a fome no país como nos primeiros governos de Lula, porém, com a chegada das eleições, a necessidade de criar fatos que possam ser esticados e fazer o governo sangrar até o período do voto, parece um compromisso da oposição, doa a quem doer. O mesmo Washington Post já produziu uma lista sobre os melhores e os mais importantes do segundo milênio. Qual a invençõa mais importante dos últimos mil anos? Motor a explosão? A eletricidade? Para mima internet. Ela se junta as maiores invenções da história da humanidade: o fogo e a roda.
Nesta extensa lista, o Pernalonga ganhou como melhor ator do milênio, mesmo quando interpretava outros papéis, acabava sendo sempre ele mesmo. Pensando bem, a extrema direita também.
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