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      Moisés Mendes

      Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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      O fim de Trump, Bolsonaro, Musk, Netanyahu, Milei

      "Temos o direito de pensar que cada um deles terá o final que merecem", escreve o colunista Moisés Mendes

      Donald Trump (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | PR)

      Pegaram o ex-presidente das Filipinas. Rodrigo Duterte  já está na Holanda, à espera de julgamento pela matança que ordenou, sob custódia do Tribunal Penal Internacional. 

      Mas Duterte é hoje apenas um pobre diabo, um ex-déspota desprotegido e inútil para o poder mundial.

      A prisão desses bandidos menores provoca o desconforto das perguntas inevitáveis. Quando um tribunal internacional mandará pegar um ex-presidente grandão, como aconteceu com Duterte, no momento em que ele desembarca no aeroporto do país que governou?

      Pegariam Trump? Pegariam Bolsonaro, Netanyahu, Milei? Um tribunal internacional teria autoridade para conter Musk, ou Musk, como gângster virtual, não comete crimes analógicos de incentivo a extermínios que justifiquem a intervenção de organismos como o TPI?

      Musk, ajudante de Trump e sem função pública formal, não comete crimes contra a humanidade como patrão do mundo no seu X incentivador de caçadas aos diferentes? 

      Quais são os critérios para definir hoje o que seriam os crimes contra a humanidade? Seriam só os crime mais bárbaros, os massacres com a exposição do sangue dos chacinados, como o que acontece em Gaza? Como todos os cometidos pelo terrorismo de Netanyahu?

      Bolsonaro, cujos crimes provocaram um debate cansativo sobre o que seria genocídio, ainda não se enquadra nos crimes alcançáveis pelo Tribunal Internacional?

      Rodrigo Duterte chegou ao fim, mas ainda não como chegaram Saddam, Kadafi, Milosevic, que morreram como cães. 

      É legítimo desejar que todos os fascistas, genocidas e gângsteres no poder também morram como eles morreram? Como Mussolini morreu?

      Mesmo que aparentemente não sejam iguais? Mesmo que estejam apenas em compartimentos separados, mas todos no mesmo saco ou no mesmo pântano?

      É legítimo desejar que Bolsonaro tenha um fim em que, já sem ar, seja tratado com desprezo por todos nós, porque também nós não somos coveiros? 

      É razoável que seja desejado para Trump o fim que ele planeja para as crianças e as mulheres de Gaza? É sustentável desejar a morte do fascista argentino que debocha dos assassinados pela ditadura e atiça matadores contra seus inimigos?

      Sim, é legítimo. É um direito pensar no pior fim para cada um deles. Sem depender de nenhuma tese rebuscada sobre suportes morais para sentimentos só contidos publicamente. 

      Desejar um fim para cada um deles, que seja coerente com o que eles mesmos defendem, nos ajuda a sobreviver.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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