O power point de Bolsonaro/Moro
"Sergio Moro começou a provar a volta do cipó de aroeira. Gaguejou em seu pronunciamento quando reconheceu que nem Lula nem Dilma interferiam politicamente nas investigações da Polícia Federal", escreve a jornalista Tereza Cruvinel
Sergio Moro começou a provar a volta do cipó de aroeira. Gaguejou em seu pronunciamento quando reconheceu que nem Lula nem Dilma interferiam politicamente nas investigações da Polícia Federal. Dela, disse o nome completo.
A Lula, que condenou num processo que ainda pode ser anulado por conta de tantos vícios e da inconsistência das provas, referiu-se gaguejando ao "ex-presidente Luiz...". A nova vida de Moro na planície começa prestando esclarecimentos ao STF sobre as acusações que fez a Bolsonaro. E em breve o STF vai julgar a ação de Lula arguindo sua parcialidade.
O maior cretinice da Lava Jato contra Lula foi perpetrada pelo menino de ouro de Moro, o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa do Ministério Público, quando acusou Lula de ser chefe de uma organização criminosa, apresentando um power point que caiu no ridículo.
Ontem a peça de Dallagnol inspirou outro slide de power point, mas ridicularizando o discurso patético em que Bolsonaro tentou responder às acusações de Bolsonaro. Fugindo da questão central - suas tentativas de controlar a PF com um diretor de sua escolha, justamente na hora em que avançam inquéritos que podem alcançar seus filhos e aliados que disseminaram fake news e organizaram e financiaram o ato golpista de domingo passado - Bolsonaro divagou sobre temas impertinentes ao problema, que foram do desligamento do aquecedor da piscina do Alvorada aos namoros de seu filho.
Ria um pouco, porque o clima está pesado e vai ficar pior. O pico da pandemia vai começar e agora a crise política vai galopar.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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