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    Luciano Teles

    Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.

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    O ultraliberalismo fascista e o aumento da pobreza

    Nas últimas eleições argentinas, Milei foi alçado à Presidência. Pesquisa externou o preocupante número de mais de 27 milhões em situação de pobreza

    Javier Milei (Foto: Reuters/Ammar Awad)

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    Nas últimas eleições argentinas, Javier Milei foi alçado à Presidência do seu país. Recentemente, uma pesquisa da UCA, Universidade Católica Argentina, externou o preocupante número de mais de 27 milhões de argentinos em situação de pobreza. 

    As políticas econômicas neoliberais radicais (as quais denominamos de ultraliberalismo) contribuíram intensamente para esse aumento, sobretudo em fins de 2023 e início de 2024. 

    O alinhamento automático com os norte-americanos, com a finalidade de viabilizar os interesses econômicos estadunidenses na Argentina, cuja dolarização da economia levada a cabo por Milei é uma expressão disso, tem colapsado o sistema econômico dos hermanos. 

    Nesse cenário, a inflação anual (2023) foi estratosférica, atingindo o patamar de mais de 200%, o que corroeu enormemente os rendimentos dos argentinos e, consequentemente, ocasionou um aumento da pobreza. 

    Somado a isso, existe um esforço de Milei em eliminar direitos trabalhistas e previdenciários, o que ensejará a precarização do trabalho. Nessa mesma linha, tem-se o esforço em acabar com os programas sociais. 

    É a receita ultraliberal, que gera pobreza e concentração de riqueza. Vivemos isso no Brasil e o resultado bem sabemos: um enorme aumento da desigualdade social. 

    É a extrema direita fascista no mundo, com suas facetas na Argentina com Milei e no Brasil com Bolsonaro, com suas práticas de ataque à democracia e aos direitos e programas sociais.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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