Os "inocentes" do DF
Nunca na história desse país se viu tanto “inocente” fugindo
A primeira turma do Supremo Tribunal Federal – STF aceitou a denúncia da Procuradoria Geral da República – PGR e, no último dia 26 de março, tornou réus Bolsonaro e outros 7 por terem encabeçado a trama golpista que objetivava, segundo o próprio Tribunal, dar um golpe de Estado, assassinar o Presidente democraticamente eleito, o Vice-presidente e o ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte do país. Uma vez que a denúncia foi aceita, todos os investigados tornaram-se réus, devendo responder por seus atos criminosos no STF. Selva!
Como bem disse o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, o 8 de janeiro não foi um passeio no parque, assim como não foi um encontro de “velhinhas com Bíblias na mão”, como muitos espertos querem fazer crer. Também não foi, como todos nós sabemos, uma manifestação pacífica com o objetivo de se discutir as qualidades e a beleza das últimas linhas de batom disponíveis no mercado. O 8 de janeiro foi, sim, uma manifestação extremamente violenta, cujo objetivo era “descer o pau” e quebrar tudo o que tinha pela frente em um claro ataque às Instituições e ao Estado Democrático de Direito.
O “perdeu, mané” na escultura A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, pichado por aquela senhora que a extrema direita e a mídia comercial (desculpem-me a redundância) agora tentam beatificar, só foi pichado de batom na falta de uma lata de spray, assim como só está de pé por ter-lhe faltado um martelo. Ora, não nos venham com essa lenga-lenga de que as penas aplicadas até agora são exageradas. Na verdade, para a gravidade dos crimes cometidos as penas são até brandas. Ou penas pesadas são somente para os pretos e pobres que roubam um saco de pão ou uma lata de leite para alimentar seus filhos e, ainda hoje, apodrecem nos presídios mesmo já tendo cumprido suas penas, sem que a grande mídia lhes dedique uma mísera linha em seus jornalões ou um iluminado ministro decida rever suas penas?
A extremista do batom, por exemplo, é tão criminosa quanto qualquer outro daqueles criminosos condenados pelo STF. Não nos iludamos, pois nenhum inocente compareceu aos atos criminosos do 8 de janeiro. Nenhum! O que a imprensa mostrou à época e que foi utilizado pelo ministro Moraes durante o julgamento esta semana, foram ações coordenadas nas quais é possível observar, inclusive, treinamento militar básico nas atitudes da maioria dos envolvidos. As imagens não mostram nenhuma velhinha com sua Bíblia na mão. Que coisa, né? O 8 de janeiro só foi possível pela crença na impunidade. Mas como entrou água no plano golpista e fracassou a operação “Punhal Verde e Amarelo”, a casa caiu e os ratos estão batendo em retirada. Última forma!
Nunca na história desse país se viu tanto “inocente” fugindo. Os “inocentes” do 8 de janeiro, definitivamente “inocentes”, fingem tudo ignorar. Tais “inocentes” não viram o navio da Justiça entrar. Escrevem cartinhas e fogem, pois sabem que de inocentes não têm nada. Tudo bem que “embaixo da toga do ministro Fux também bata um coração”, mas a todos eles devem ser aplicadas penas máximas para que isso nunca mais volte a acontecer. 14, 17 anos? Tá pouco!
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