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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Os tabus que Boulos tem de quebrar para ganhar a eleição

"Os votos da Tabata não dão nem para a saída", escreve o colunista Alex Solnik

Guilherme Boulos (Foto: Reprodução/Mídia Ninja )

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Boulos foi muito bem, obteve o melhor resultado no primeiro turno do PT desde 2000 (é do PSOL, mas foi candidato de Lula, portanto do PT), com 29,07%, ou 1.775.993 votos, colado em Nunes, o primeiro, com 29,4% ou 1.800.959 votos. Diferença de apenas 25.166 votos.

Na campanha mais acirrada desde a redemocratização, foi um feito e tanto.

Embora Nunes e Boulos tenham quase empatado, para virar o jogo no segundo turno, Boulos precisa quebrar alguns tabus:

1) desde 1992, somente em 2012 o candidato que ganhou no primeiro turno não ganhou no segundo: Haddad virou sobre Serra;

2) em 2020, Bruno Covas teve 32% e Boulos 20% no primeiro turno. No segundo, Bruno ganhou por 60% a 40%;

3) o Datafolha mostrou que 70% dos eleitores de Pablo Marçal, que ficou com 28,14% ou 1.719.271 votos, votariam em Nunes no segundo turno, ou 1.203.489;

4) ainda que 100% dos eleitores de Tabata votem em Boulos no segundo turno, eles somam apenas 605.552;

5) a maioria dos 84.212 votos em Marina Helena e ao menos metade dos 112.344 de Datena devem ir para Nunes.

Dizem os amantes do futebol que os tabus existem para serem quebrados. É verdade. E também é verdade que é mais fácil quebrá-los no futebol, disputado por 22 jogadores, do que na eleição, definida por milhões de eleitores. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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