Pilha, Galo e Fabiano do Trompete: o ativismo contra o fascismo sob a mira da injustiça
A opressão dá sinais de que farão mais e maiores atos de truculência contra aqueles que lutam contra os desmandos deste desgoverno
Fabiano do Trompete, Paulo Galo e Rodrigo Pilha são três nomes de ativistas que orgulham a resistência ao fascismo nestes tempos sombrios em que vivemos.
Estes três lutadores têm sido vítimas da opressão nos últimos tempos. Truculência policial, seguidas de prisões injustificadas estão no caminho do trio.
Eles não têm mandato, não têm dinheiro, mas têm disposição para a luta.
A opressão dá sinais de que farão mais e maiores atos de truculência contra aqueles que lutam contra os desmandos deste desgoverno.
Que as instituições protejam ativistas como estes, que, devido à disposição de luta, estão na mira dos fascistas. Caso contrário, estes continuarão abandonados nas mãos da repressão. E surgirão outras vítimas.
Rodrigo Pilha saiu da prisão recentemente. Preso por ter ostentado uma faixa “Fora, Bolsonaro” em Brasília, do cárcere só trouxe notícias de tortura física e psicológica.
Paulo Galo teve sua prisão revogada em 10 de agosto. Ele que está sendo acusado de ter queimado a estatura do estuprador, assassino de índios e negros, bandeirante Borba Gato, em São Paulo.
No mesmo 10 de agosto, Fabiano Leitão, o Fabiano do Trompete, foi preso em manifestação contra os tanques “fumacentos”, que desfilaram, vergonhosamente, como pressão dos militares em Brasília.
Fabiano foi liberado em seguida, mas seu trompete foi amassado pela polícia.
“Que tolos! Eles pensam que jornalista escreve com as mãos”. Assim se pronunciou o jornalista e compositor Antônio Maria um dia depois de ter sido espancado e ter suas mãos pisoteadas por brutamontes do governador Carlos Lacerda, no início de 1960. No caso de Fabiano Leitão, os brutamontes pensavam que amassando o seu trompete iriam calá-lo.
De imediato, foram apresentados dados bancários pelas redes sociais e, em pouco mais de duas horas, o músico ativista já tinha recurso suficiente para a aquisição de um novo instrumento. O que foi avariado pela polícia será devidamente aposentado com honras por extenso serviço prestado à democracia.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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