PL da Anistia leva ao embate Direita X Ultradireita
"Bolsonaristas levam o presidente da Câmara para o ringue", escreve Denise Assis
Durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara dos Deputados, para discutir e aprovar ou rejeitar o PL 10457/2018, onde está incrustada a proposta de anistia que abrange todos os envolvidos nas tentativas de golpe de 30 de outubro de 2022 até os dias de hoje, houve tumulto, mas também acordo. Os oposicionistas toparam um acordo costurado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, com o governo, para derrubar a proposta indecente, de votação da anistia a favor dos golpistas. O que esse acordo prevê é que não se vota a anistia, mas em compensação, entra na pauta o PL 8, que trata da redução dos poderes do Supremo Tribunal Federal. Porém, feita a ressalva que o único item que, tanto governo quanto Lira toparam colocar em discussão, foi o que diz respeito a decisões monocráticas. Qualquer outro item da pauta da oposição com relação ao Supremo, fica de fora.
O acordo causou revolta e indignação na sempre beligerante base bolsonarista. A revolta foi tamanha que eles decidiram que lançarão o deputado da ultradireita, Marcel Van Hatten (Novo-RS), para presidir a Câmara. Não mais apoiarão o candidato de “consenso”, Hugo Motta, do União Brasil, cujo apresentação do nome, também não desceu pelas goelas com muita facilidade. Houve quem esperneasse e apontasse traição, por não ser Elmar Nascimento (PP-AL), correligionário de Lira, o indicado. Agora, com mais esse item para apimentar a disputa, os bolsonaristas levam o presidente da Casa para o ringue. Uma luta ótima para o governo e para o campo progressista, que a essa altura, torcem para a briga.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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