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      Paulo Moreira Leite

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      Pobreza cobra conta de Bolsonaro

      "Empobrecimento da população explica o desmonte de Bolsonaro", escreve Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia

      (Foto: Agência Brasil)

      Por Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia

      A notícia encontra-se no DataFolha. A queda na aprovação de Bolsonaro
      encontra-se na faixa mais pobre de brasileiros, aqueles que tem renda
      mensal até 2 salários mínimos.

      Ali, a taxa de reprovação do governo subiu de 26% para 41%, empurrando
      o índice geral para 40% negativos de hoje em dia, situação que coloca
      Bolsonaro e seu governo na posição de alvo do descontentamento
      popular, como há muito não se via.

      O debate sobre o retorno do auxílio emergencial é urgente e sua
      negativa é uma escancarada confissão política -- só confirma o
      desinteresse de Bolsonaro e Paulo Guedes pela proteção aos mais
      pobres.

      Do ponto de vista de quem tem comida na mesa, carro na garagem e
      escola para os filhos, é sempre fácil dizer que o auxílio emergencial
      custa caro. Matematicamente, o preço equivale a 13 anos de Bolsa
      Família.

      Uma conta alta para quem finge acreditar que o mercado é capaz de
      resolver todos os problemas das sociedades humanas -- inclusive a
      miséria, a desigualdade e a falta de oportunidades, presente em nossa
      história desde sempre.

      Basta assumir o ponto de vista de quem se encontra do outro lado do
      balcão, no entanto, para compreender que o debate é outro.

      Estamos diante de um caso vergonhoso de irresponsabilidade por parte
      de um governo sem interesse em abrir caminhos para o crescimento
      econômico, de modo a incluir aqueles que precisam trabalhar e não
      encontram emprego -- e não podem ser jogados a rua sem renda nem
      perspectiva.

      Incapazes de pensar em programa de investimentos publicos, pois
      implicariam em retirar uma migalha da fortuna diária que o Teto de
      Gastos assegura ao setor financeiro e seus protegidos, Bolsonaro e
      Paulo Guedes encaram a questão social como se fosse um ato de
      generosidade, uma espécie de esmola. Não. É parte da história de um
      país.

      A mudança já visível na paisagem social das grandes cidades é, obviamente, uma pequena amostra do que nos aguarda. Também confirma a completa incapacidade de Bolsonaro em atender, justamente, às necessidades dos mais necessitados, o que torna sua saída cada vez mais urgente.

      Alguma dúvida?

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      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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