Presente de Natal
Há motivos de sobra para que o ex-presidente, o inominável, seja preso, inclusive por questões morais
O Natal está aí. Época de confraternizar e presentear. Na noite de 24 de dezembro, parte da população come alimentos diferenciados, algumas crianças ganham brinquedos e brincadeiras e, vez por outra, há presentes gerais para trocar na galhofa. Acontece, porém, que o melhor regalo ao povo brasileiro seria estabelecer de uma vez por todas que a extrema direita é câncer e tem de ser extirpada. Ou seja, a prisão de Jair Bolsonaro, contumaz sabotador do Brasil há anos, deve ocorrer já.
Em 1999 Jair Bolsonaro concedeu entrevista ao programa Câmara Aberta, da Band Rio de Janeiro. Durante a entrevista, lá pelas tantas, ele afirmou peremptoriamente que se chegasse à Presidência da República daria golpe de Estado no mesmo dia da posse. Certificou com volúpia que o ideal, nesse seu sonho bizarro, seria a morte de ao menos dez mil pessoas, incluindo Fernando Henrique Cardoso, então presidente do Brasil. Nesse momento, Jair Bolsonaro já era pai de quatro filhos, parlamentar e político com forte atuação pública no Rio de Janeiro. Isto é, ele sabia o que estava dizendo.
Tempos mais tarde, num domingo de desgosto nacional, 17 de abril de 2016, Bolsonaro, sem pudor algum e com 99,9% dos brasileiros o vendo pela tevê, teve o atrevimento de glorificar triste figura da cena pública e política, o astro da monstruosidade da ditadura militar: Carlos Alberto Brilhante Ustra. O inominável fez isso ao votar a favor do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. A ação deveria ter resultado, no mínimo, em processo judicial e eleitoral.
É necessário compreender e relembrar sempre que os vinte e um anos de ditadura militar no Brasil foram trágicos à Nação em todos os aspectos. Há, nesse sentido, literatura abundante para confirmar tal afirmação. Ora, se existe essa compreensão e conhecimento sobre as ações do inominável desde então, é possível dizer que Jair Bolsonaro deveria estar encarcerado há muito tempo. E por quê não está? Uma das respostas possíveis é: a esquerda parou de falar, de criticar a ditadura militar. Comentar em público diretamente ao povo sobre essa obscenidade que quase colapsou o Brasil, virou coisa de historiador. Em outras palavras, a extrema direita tem de ser derrotada também no campo político.
A trama golpista desvendada pela Polícia Federal recentemente é apenas mais um dentre os muitos e diversos crimes praticados por Bolsonaro. É evidente que ele sabia do plano mambembe para matar Lula, presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, vice-presidente, e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, bem como sabia o que estava fazendo durante a pandemia. Por que o fajuto Messias não foi preso assim que acabou o seu mandato presidencial?
Talvez, a falta de amplo conhecimento jurídico nos deixe tendenciosos e imprecisos, mas temos de saber quando e como lidamos com gente que usa a mentira e a morte como método. O fascismo tem de estar na cadeia, no mínimo. O inominável é, hoje, o maior símbolo do atraso do Brasil. A prisão dele além de servir como presente a classe trabalhadora, ela também seria educativa à esquerda, pois o lema “golpistas não passarão” voltaria a estar na boca do povo.
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