Punição de golpistas constitui obrigação histórica
"É preciso julgar e condenar, com os rigores da lei, os crimes cometidos contra a democracia", escreve Paulo Moreira Leite
Num país onde golpes de Estado e quarteladas constituem uma permanente ameaça ao regime republicano, a derrota e prisão do general Braga Netto representa um passo importante para a preservação da Constituição e do regime democratico. Mas isso não basta.
É preciso julgar e condenar, com os rigores da lei, os crimes cometidos contra a democracia.
Com uma história de frequentes ataques à República, que produziram traumas de longa duração e fraquezas crônicas, a quartelada lembra que o golpismo militar tornou-se uma doença permanente, ainda que oculta, muitas vezes.
Reafirmando uma liderança indispensável numa hora como esta, o ministro do STF Alexandre Moraes e a Polícia Federal, sob liderança do governo Lula, souberam atuar de forma coordenada para manter a situação controlada.
Alimentada por um projeto demencial e homicida ao mesmo tempo, a ponto de envolver o assassinato de Lula e Alexandre Moraes, entre outras vítimas notáveis, a quartelada bolsonarista deixa um desafio que não pode ser escondido nem evitado.
Num país exausto pelos golpes de Estado, chegou a hora de cumprir um dever com a História e com as gerações que farão nosso futuro -- enquadrar, processar e condenar quem se atrave a desafiar a Constituição e ameaçar vidas de brasileiros e brasileiras em nome de um projeto contrario ao Brasil e aos brasileiros.
Este é o verdadeiro crime de lesa pátria, contra um povo que faz questão de escolher seus governantes e planejar -- democraticamente -- um destino melhor para as gerações do presente e do futuro.
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