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    César Fonseca

    Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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    Requião propõe aliança nacionalista Lula-Vargas-2022

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    O senador Roberto Requião, em entrevista à rede de TVs Comunitária, pregou, hoje, em manifesto nacionalista intitulado BRASILIDADE, aliança Lula-Vargas para 2022 cuja proposta essencial é alavancar desenvolvimento econômico e social soberano, construção do Estado Nacional com Visão Social; o país tem que ter o seu próprio projeto, sua própria geopolítica para se afirmar soberanamente no mundo da pandemia, caminhando para se transformar em endemia; nessa conjuntura, diz Requião, o país precisa utilizar suas potencialidades primárias, secundárias e terciárias, para se afirmar com indústria competitiva e qualitativa internacional mediante educação crítica e produtora de valor trabalho em quantidade ascendente capaz de gerar produtividade e competitividade com compromisso social; a meta do BRASILIDADE é a soberania geopolítica, compromissada com a integração latino-americana; Requião destaca que o Brasil já possui o seu DNA industrial, mas precisa dar grito de libertação contra medidas imperialistas que impedem seu crescimento  integrado e sustentável, com a afirmação política regional.

    Arma imperialista antiindustrial

    Nesse sentido, diz ele, faz-se fundamental e urgente romper com a Lei Kandir, que inviabiliza a industrialização nacional e federalismo forte e democrático; aprovada na Era FHC, em 1996, a Lei Kandir livra de impostos as exportações de produtos primários e semielaborados; trata-se de lei adequada aos interesses externos, não internos, na medida em que inviabiliza industrialização nacional e sustentabilidade econômica, social e política; com Lei Kandir, Brasil vira economia meramente mercantilista proibida de substituir importação para se industrializar; os estados foram passados para trás pelo governo dominado pelo Consenso de Washington, contrário à industrialização; comprometeu compensar estados e municípios pela renúncia à receita tributária  do ICMS, mas isso nunca aconteceu; estados e municípios, nos últimos 25 anos, acumularam créditos com a união que jamais foram pagos; calote descarado; agora, com a governança neoliberal bolsonarista esse dinheiro simplesmente desapareceu, virou fumaça; prefeitos e governadores se endividaram para quitar seus papagaios mas, como perderam rendas tributárias, afundaram em endividamento e faliram; na pandemia somada à recessão neoliberal, a situação se agravou; com o ajuste fiscal  e prisioneiro de teto de gastos, previsto para durar até 2036, o governo perdeu capacidade de governar; é governado pela dívida, que inviabiliza, segundo Requião, o Brasil soberano, a BRASILIDADE, levando o país ao sucateamento econômico total.

    Reversão da privatização

    BRASILIDADE, de Requião, propõe reversão da Lei Kandir e retomada das empresas estatais privatizadas, destacadamente, a Petrobrás, a arma getulista para industrialização brasileira; condena a semiprivatização do Banco do Brasil, que querem transformar em empresa pública aberta ao capital privado; ou seja, repetir o que aconteceu com a Petrobras, hoje, dominada pelos acionistas privados protegidos por Wall Street; o poder é ditado de fora para dentro,  na economia mercantilizada dependente crônica de poupança externa; as políticas de preços da estatal petrolífera são ditados pela volatilidade do dólar; o mesmo acontecerá com a Eletrobrás, vindo a ser privatizada por medida provisória; BRASILIDADE prega nova industrialização,  conjugada com a recuperação das grandes empresas privadas que cresceram com a expansão das estatais, Petrobrás e Eletrobrás; detonadas pela Operação Lavajato, trata-se de empresas de prestação de serviços às estatais, que alavancaram exportações de serviços de engenharia por todos os continentes; tem de ser interrompido, segundo Requião, o desmonte produzido pelo antinacionalismo engendrado pela Lavajato; sobretudo, na pandemia, Requião propõe construção de complexo industrial farmacêutico, para o país se posicionar no cenário internacional de guerra comercial na pandemia cuja duração é incógnita; ter a sua própria vacina, proporcionada pela biodiversidade nacional infinita, com o continente amazônico à disposição, transformaria Brasil em potência farmacêutica-sanitária mundial; BRASILIDADE , enfim, diz senador e governador nacionalista do Paraná, significa novo caminho para a sociedade enfrentar e superar a pandemia do novo coronavírus; representa força econômica-sócio-cultural histórica em movimento para mobilizar forças políticas progressistas que construiriam o simbolismo da aliança Getúlio-Lula-2022.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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