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    Luiz Carlos Bresser-Pereira

    Professor emérito da Fundação Getúlio Vargas onde pesquisa e ensina teoria econômica e teoria política desde 1959. Foi Ministro da Fazenda (1987) e Ministro da Administração Federal e Reforma do Estado (1995-98). É doutor honoris causae pela Universidade de Buenos Aires

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    Ser antissionista não é ser antissemita

    "O sionismo é o movimento e a ideologia que afirma o direito de Israel ocupar toda a Palestina. Inaceitável", diz Bresser-Pereira

    Casas e edifícios destruídos em ataques israelenses, em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza (Foto: Reuters/Anas al-Shareef)

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    O Presidente Lula continua sua cruzada contra a guerra de extermínio promovida por Israel em Gaza. Não falou a palavra Holocausto, mas, indignado, afirma que existe lá um genocídio. Não há outra palavra para o que está acontecendo.  

    O presidente brasileiro disse ao Uol: “eu diria a mesma coisa, porque é exatamente o que está acontecendo na Faixa de Gaza". Revela assim a coragem e defende os direitos humanos, algo que não vemos nas “democracias liberais”.

    Estados Unidos, União Europeia, etc. (o Norte Global) são internamente democracias, mas a nível mundial defendem a “democracia” apoiando sem reservas um Estado que implantou um apartheid e agora pratica um genocídio. 

    E agora vejo intelectuais judeus dizerem que “quem é antissionista é antissemita.” Eu não sou antissemita e tenho muitos amigos de origem judaica, mas sou antissionista porque é o sionismo a ideologia que legitima o que Israel está fazendo.

    Eles dizem que “sionismo é movimento que afirma o direito dos judeus de terem um Estado”. Se o sionismo fosse só isso, eu nada teria a opor. Mas o sionismo é o movimento e a ideologia que afirma o direito de Israel ocupar toda a Palestina. Inaceitável.

    O Norte Global e seus representantes pedem cessar-fogo, paz. Só haverá paz na região quando for criado um Estado palestino. Um direito indiscutível do povo palestino. E o que fazem os representantes da “democracia liberal” para isto se tornar realidade? Nada.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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