“Tenho inimigos”: Márcio Macedo comenta especulações sobre sua saída da Secretaria Geral da Presidência
“Essas notícias não movem um músculo da minha face”, disse. “Vou para onde o presidente me designar”, acrescentou. Também falou sobre o ajuste fiscal e o BPC
“Essas notícias não movem um músculo da minha face”. Foi com essa frase que o secretário-geral da Presidência, Márcio Macedo, respondeu a uma pergunta feita por mim na coletiva de imprensa que concedeu nesta manhã, depois de um café com jornalistas. Segundo alguns jornais, haveria articulação no Palácio do Planalto para que o ministro Paulo Pimenta deixe a Secretaria de Comunicação e assuma o ministério hoje ocupado por Macedo.
O secretário-geral da Presidência lembrou que o cargo pertence ao presidente Lula e só ele poderá decidir sobre sua permanência ou não. O ministro também recordou sua origem pobre. Filho de um pequeno agricultor com uma dona de casa, Macedo disse que foi salvo pela educação. Portanto, para ele, não faz muita diferença se for ministro ou apenas militante. Negou, entretanto, que haja conversas sobre reforma ministerial.
“O que eu sei é que estarei sempre defendendo o presidente Lula”, afirmou. “Vou para onde ele me designar”, disse ainda. Se não ficar no governo, volta a dar aula. Macedo citou letra de uma composição de Belchior, ao falar sobre como se vê.
“Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes, e vindo do interior”, pontuou.
Macedo foi tesoureiro do PT no momento mais difícil do partido, que teve ex-tesoureiros presos pela Lava Jato, entre eles João Vaccari Neto. Macedo foi tesoureiro da campanha de Lula em 2022.
No governo, coordenou o G20 Social, uma experiência pioneira elogiada por outros chefes de Estado e que deve ser incorporada na programação oficial do próximo encontro das 19 maiores economias do mundo, mais a União Européia e a União Africana.
No governo, o ministro também foi alvo de uma crítica pública de Lula, na comemoração do Dia do Trabalhador. Havia um público relativamente pequeno, no local escolhido para a cerimônia, em frente ao estádio do Corinthians, em São Paulo.
Macedo atribuiu a crítica ao jeito sincero de Lula e lembrou que a comemoração foi organizada pelas entidades representativas dos trabalhadores, área em que o ministro do Trabalho, Luís Marinho, tem influência.
Ao comentar as especulações do noticiário sobre uma eventual saída dele da condição de ministro palaciano, Macedo afirmou ter descoberto que também tem inimigos, que estariam plantando essas notícias.
Outro ponto relevante da coletiva foi sobre o ajuste fiscal preparado pela equipe econômica. Ele fez questão de dizer que decisões nessa área competem a Fernando Haddad, da Fazenda, mas informou que teve reunião com integrantes do Conselho das Organizações Sociais, que cobraram explicações sobre mudanças no BPC, o Benefício de Prestação Continuada.
Na sua visão, o governo deve rever alguns pontos dessa proposta, entre elas a questão do núcleo familiar. Porém, insistiu que o ministro Fernando Haddad é quem dará a palavra final, cumprindo a diretriz de Lula. Macedo destacou a recuperação econômica do Brasil e lamentou que o mercado não observe os números, como crescimento econômico, controle da inflação e queda expressiva do desemprego.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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