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Joaquim de Carvalho

Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista Imprensa). E-mail: joaquim@brasil247.com.br

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“Tenho medo de morrer”: Hacker que ajudou Polícia de São Paulo a perseguir políticos rompe o silêncio

Após Delgatti, Patrick Brito desmascara agentes públicos, revela bastidores da investigação sobre Márcio França e cita Kassab como protetor de maus policiais

A Deic de Araçatuba, Patrick, Cotait, a prefeita Suéllen Rosim, ministro Márcio França e Kassab (Foto: Reprodução)

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Quatrocentos e vinte e cinco quilômetros separam Araçatuba de Araraquara, cidades do interior de São Paulo, mas as duas têm algo em comum. Em ambas, jovens que conhecem as fragilidades da internet - que é uma estrada digital – entraram para a história quando  descobriram segredos que agitam o mundo político e expõem agentes públicos que ultrapassaram os limites da legalidade, limites que separam bandidos de mocinhos.

A referência aqui é a Walter Delgatti Neto, o hacker de Araraquara, e Patrick Brito, o hacker de Araçatuba. Sobre Delgatti, muito já se falou, embora sua  relevância histórica não seja por todos reconhecida, principalmente pela esquerda. 

Já sobre Patrick, uma reportagem foi publicada na revista Piauí, em fevereiro do ano passado, em que o autor, Allan de Abreu, aponta indícios fortes de uma relação clandestina e ilegal entre o hacker e o delegado Carlos Henrique Cotait, diretor da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic).

E houve reportagens em algumas cidades do interior de São Paulo. Na semana passada, Patrick deu entrevista à TV 247 e fez algumas revelações bombásticas, diretamente da cidade de Belgrado, na Sérvia, onde passou a residir fugindo de inquéritos e processos criminais no Brasil e também do risco de ser morto por policiais para os quais colaborou. 

Se Delgatti desmascarou Moro, Deltan Dallagnol e sua organização, Patrick abriu o porão de setores da Polícia Civil de São Paulo, que o usaram para trabalho ilegal que se destinava a perseguir alvos políticos e empresariais. 

A diferença é que não há nenhuma prova de que Delgatti tenha recebido qualquer vantagem por entrar na conta do Telegram de Deltan Dallagnol e descobrir que a operação Lava Jato foi, na verdade, um instrumento para empoderamento político e riqueza pessoal.

Já Patrick descobriu indícios de que policiais de uma grande cidade do interior de São Paulo também agiam politicamente e buscavam vantagem pessoal quando realizaram uma estrondosa operação para combater supostos desvios de verbas da saúde. Patrick, no entanto, teve vantagem pessoal.

Mas, pelo que contou nas poucas entrevistas que deu, uma delas para a principal revista da Sérvia, sua relação com os porões da Polícia Civil de São Paulo começou quando foi detido, e, para ter sua situação aliviada, aceitou a proposta do delegado Cotait.

Pelo que Patrick conta, ele foi contratado por um político de Araçatuba, Aparecido Saraiva da Rocha,  que havia perdido a eleição para Dilador Borges Damasceno, do PSDB. Patrick já era conhecido pela habilidade de invadir sistemas cibernéticos, e o caso Delgatti já tinha estourado com a Vaza Jato. Portanto, políticos como Cido Saraiva sabiam que hackers podem mudar o curso da história.

Patrick descobriu supostas ilegalidades do prefeito, mas o contratante não pagou pelo combinado. Pessoas ligadas ao hacker tentaram, então, extorquir dinheiro do prefeito Dilador, que denunciou o caso à Polícia Civil. 

Em janeiro de 2021, a equipe do delegado Cotait realizou buscas na casa de Patrick, apreendeu um computador, um celular, 10 mil reais em dinheiro e dois passaportes, um deles vencido. Também foi apreendido um crachá de visitante da Embaixada dos Estados Unidos.

Um detalhe intrigante: Patrick, que já morou nos Estados Unidos, contou ter prestado serviços ao adido legal do FBI no Brasil. Ele guarda fotos da Embaixada do Irã, onde teria tido contato com funcionários investigados pelas autoridades norte-americanas. Também tem foto de um egípcio suspeito de relações com a Al Qaeda. 

Em Araçatuba, Patrick foi detido e prestou depoimento, em que revelou sua intenção de deixar o país.

No mesmo dia, Patrick diz ter sido abordado pelo escrivão Felipe Garcia Pimenta, com o convite para uma conversa com seu chefe, Cotait. Patrick diz ter ido ao encontro e ouvido uma proposta: o delegado devolveria o passaporte e o dinheiro desde que ele concordasse em ajudar a polícia “a prender pessoas”.

Segundo Patrick, o delegado cumpriu o prometido - só não devolveu o crachá da Embaixada dos Estados Unidos - e o hacker passou a invadir dispositivos da internet para obter provas ilegais.

Dinheiro, passaportes e crachá da Embaixada dos EUA: bens do hacker apreendidos pelo delegado Cotait
Dinheiro, passaportes e crachá da Embaixada dos EUA: bens do hacker apreendidos pelo delegado Cotait(Photo: Reprodução)Reprodução


Patrick falava diretamente com Cotait, de quem diz ter recebido pagamentos em dinheiro. Também falava com o escrivão Pimenta e, principalmente, com a investigadora Cindy Orsi Alves Nozu.

Um dos primeiros alvos de Patrick foi o médico Cleudson Garcia Montali, responsável por Organizações Sociais que prestaram serviços para o governo de São Paulo e também do Pará. Cleudson estava preso por conta de uma investigação que apontou desvios na área de saúde.

Montali conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal e deixou a cadeia, com argumento de que estava doente. Seus advogados haviam juntado um exame de sangue que revelava anemia severa. Foi por essa razão que Gilmar Mendes concedeu a ordem de soltura.

Por determinação de Cotait, Patrick, segundo relata, invadiu o sistema do laboratório Lâmina Diagnósticos, e descobriu que o exame tinha sido adulterado. Para legalizar a prova, Cotait obteve ordem judicial e sua equipe fez cópia no computador onde o exame tinha sido arquivado.

O que chamou a atenção dos donos do laboratório é que a Polícia Civil sabia, exatamente, onde obter essa prova, o que reforça o relato de Patrick.O hacker, pelo que parece, tinha mesmo invadido o sistema do Lâmina Diagnósticos.

Montali voltou para a prisão.

O alvo visível era Montali, mas, pelo que testemunhou o hacker, os policiais estavam atrás do ex-governador Márcio França, atual ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Na época, quem governava o Estado era João Doria, adversário de Márcio França.

Um sócio de Cleudson, dono do laboratório Lâmina, fez doação oficial para uma das campanhas de França, no valor de R$ 5 mil. No governo de França, Cleudson foi beneficiado por uma medida incomum.

O governo converteu em suspensão de trinta dias a pena de demissão do cargo de Diretor Regional de Saúde em Araçatuba,  que havia sido aplicada na gestão anterior, de Geraldo Alckmin, por graves irregularidades. A Polícia Civil de Araçatuba vazou à imprensa que Montali era, na verdade, operador de Márcio França.

Esse vazamento, obviamente, agradou ao esquema político de Doria. O próprio hacker estranhou porque, ao vasculhar o patrimônio do ex-governador, descobriu que o patrimônio declarado de França era bem menor do que o do suposto operador. No entanto, continuou cumprindo as ordens do delegado Cotait e de sua equipe.

Em seguida, o alvo do hacker foi o médico Franklin Cangussu Sampaio, de Iguape, no litoral sul de São Paulo, também apontado como suposto operador de Márcio França. Cangussu seria também um degrau para Cotait chegar até o ex-governador de São Paulo, Márcio França.

Nascido em Montes Claros, Minas Gerais, o médico de Iguape é amigo do ex-governador, do filho deste, Caio, que é deputado estadual em São Paulo, e do irmão de França, Cláudio, também médico. 

Cangussu era responsável por organizações sociais contratadas pelo governo do Estado de São Paulo e também do Rio de Janeiro. Patrick encontrou fotos de Cangussu com Márcio França, e interceptou mensagens trocadas entre o médico e um advogado, quando este suspeitou que estava sendo hackeado.

Nas mensagens em áudio, ele expressa sua preocupação com o ex-governador.

“Doutor Caio, deixa eu te passar uma situação, cara eu fiquei meio encucado com isso, esses caras postaram a documentação do Márcio. Cara, eu não tenho isso, isso aí ele pode ter  clonado minha vida inteira, eu nunca teria a documentação do Márcio  França comigo, cara. É esses eu fiquei muito encafifado com isso. Cara, será que esses caras que tão fazendo isso não são da Polícia? Não são o pessoal da Polícia lá, os caras de Araçatuba tão com toda minha documentação, todas aquelas coisarada lá? Os caras têm documentação do Márcio, cara, e me pegaram pra Cristo aí, e tá batalhando, tá tentando  fazer todas essas coisas comigo, eu fiquei com essa pulguinha atrás da orelha. Eu falei: ‘ah, vou mandar pro doutor Caio, vou ver o que que se ele  pensa mais ou menos igual”.

Na época, outubro de 2021, Patrick expunha Cangussu na própria rede social do médico, com a publicação de contratos e de documentos da investigação de Araçatuba. Segundo diz, a ordem da equipe de Cotait era “infernizar” a vida do médico.

Mais tarde, o advogado Caio Arantes relatou à Delegacia de Crimes Cibernéticos de São Paulo a suspeita de que a Polícia Civil em Araçatuba estava mancomunada com o hacker. Na época, não sabia que era Patrick, e por isso escreveu na representação “hackers”.

Os indícios que o advogado apresenta são veementes. Patrick, sem se identificar, pedia 2 milhões de dólares para Cangussu e, para provar que conhecia detalhes da investigação, anexava documentos apreendidos na casa dele, bem como relatava informações que só os policiais conheciam.

Também clonou aparelhos celulares de Cangussu com a senha oficial do médico, que este próprio forneceu à Polícia a título de colaboração. 

Quando a denúncia foi levada a outra delegacia, no caso de Crimes Cibernéticos em São Paulo, Cotait pediu a prisão do hacker e obteve nova ordem de busca no antigo endereço de Patrick, que já não morava mais no Brasil. O alvo agora era a mãe do hacker, que não tinha nenhum envolvimento com o caso.

“Era uma forma dele tentar tirar o dele na reta, e jogar tudo nas minhas costas. Tudo o que fiz, inclusive a tentativa de extorsão, foi a mando dele, e eu posso provar”, disse Patrick ao 247.

Uma das provas já foi apresentada à Delegacia de Crimes Cibernéticos. São as fotos dos celulares apreendidos, tiradas no interior da delegacia e enviadas para ele, quando já estava na Sérvia. “Como eu poderia tirar aquelas fotos? Impossível. A equipe dele me enviou”, acrescentou.

Depois disso, Cotait fez reuniões com os policiais, e um desses encontros foi gravado por um agente. “Porque eu tenho que saber o que está acontecendo, nem que eu tiver que matar aquela desgraça daquele moleque. Eu vou resolver. Nós vamos resolver, nós vamos enrolar, uma hora ele vai ser preso, nós resolve”, declarou.

O policial, Edison Luís Rodrigues, entregou a gravação para a Corregedoria da Polícia Civil. Não está claro por que Rodrigues colabora com a defesa do hacker, mas o fato é que uma prova dessas é explosiva, capaz de gerar a demissão e até a prisão do delegado divisionário.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública informou que o inquérito na Corregedoria não foi encerrado, embora tenha se iniciado há cerca de dois anos.

“O caso segue em investigação pela Divisão de Crimes Funcionais, da Corregedoria da Polícia Civil. O caso foi relatado ao Poder Judiciário e retornou à unidade para cumprimento de cota ministerial. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”, 

Por conta da investigação sobre o médico Cangussu, em dezembro de 2021, quando França anunciava seu desejo de voltar a ser governador de São Paulo, disputando as eleições do ano seguinte, a Polícia Civil conseguiu autorização judicial para fazer buscas em sua casa. Patrick, já residindo fora do Brasil, colaborava ilegalmente com as investigações.

Em uma troca de mensagens com a investigadora Cindy Orsi Alves Nozu, ele pergunta se seu trabalho tinha sido importante para a ação contra o suposto operador de Márcio França. “E o Doutor Cotait, ele gostou?”

“Sim, e como. Já estou escrevendo um relatório que já passou de 50 páginas, e a gente vai usar para pedir a prisão preventiva do Cangussu, para ver se ele delata o Márcio França”, responde a policial.

Cindy pergunta ainda se Patrick poderia hackear o próprio Márcio França. O hacker responde que tem medo de ser preso E ela promete que o delegado Cotait poderia protegê-lo.

“Não vai acontecer nada com você. Se chegar, a gente paga advogado para você. Se precisar, o doutor conversa até com juiz e promotor, para eles facilitarem para você. A gente segura isso para não dar nada”, disse a investigadora, que hoje é delegada da Polícia Federal no Pará, cargo que assumiu depois de passar em concurso público.

A proximidade entre Cindy e Cotait está documentada num inquérito que corre na Corregedoria da Polícia Civil em São Paulo. Um detetive, também contrariado com o diretor da Deic em Araçatuba, fotografou o grupo em almoço em um restaurante. Cindy está de costas, Cotait é o de camisa rosa e, ao lado, está o delegado Alessander Lopes Dias, que também já ajudou a blindar o grupo.

Cotait, o delegado Alessander e a policial Cindy, no restaurante: foto prova ligação entre eles e foi juntada num inquérito
Cotait, o delegado Alessander e a policial Cindy, no restaurante: foto prova ligação entre eles e foi juntada num inquérito(Photo: Reprodução)Reprodução

Há alguns meses, através de um advogado, o hacker denunciou Cotait por ameaça de morte e coação no curso do processo, mas Alessander arquivou a representação.

A força de Cotait está associada à exposição que seu trabalho tem na mídia, sobretudo em reportagens do Fantástico, da TV Globo. Mais uma semelhança com a Lava Jato. A operação Raio-X foi tema de extensas reportagens na emissora.

Patrick também diz ter prestado serviços ilegais para a prefeita de Bauru, Suéllen Rosim, entre julho de 2021 e janeiro de 2022.  A cidade fica a cerca de 200 quilômetros de Araçatuba. A prefeita é do PSD, o partido dirigido nacionalmente por Gilberto Kassab, secretário de Governo de Tarcísio de Freitas. Quem teria intermediado esse serviço foi o escrivão Felipe Pimenta, da confiança de Cotait.

Pimenta é irmão do Walmir Braga, cunhado da prefeita e ex-assessor do deputado Paulo Corrêa Júnior, também do PSD. Sua tarefa foi invadir os dispositivos eletrônicos do jornalista Nélson Gonçalves, conhecido como Nelson Itaberá, que publicava denúncias contra a prefeita. 

Também deveria descobrir fragilidades da vereadora Estela Almagro, do PT, de oposição, e do vice-prefeito, Orlando Dias. Na época, a Câmara Municipal de Bauru tinha criado uma comissão para investigar denúncias de corrupção contra a prefeita. 

Segundo Patrick, o objetivo dela seria descobrir fatos que ajudassem a silenciar o jornalista e a vereadora e, também, verificar se o vice-prefeito estaria se articulando com vereadores, para que a investigação na Câmara avançasse, provocasse o impeachment da prefeita e, com isso, ele se beneficiasse, assumindo o cargo.

A prefeitura nega que tenha pago por esse serviço, mas Patrick tem comprovantes de que recebeu mais de R$ 160 mil nesse período, Os depósitos, segundo ele, eram combinados com o cunhado da prefeita e efetuados em dinheiro, na conta de pessoas ligadas a ele.

Nesta quinta-feira (04/07), quando o governador Tarcísio de Freitas visitou a cidade, Patrick deu entrevista para uma rádio local, a Auriverde, de grande audiência, e falou sobre os depósitos em sua conta, e fez uma acusação grave. 

Disse que as denúncias contra Cotait não avançam porque ele é blindado pelo governo do Estado. Não acusou Tarcísio, mas seu secretário de Governo, Gilberto Kassab.

Lembrou que Cotait tem um primo, Alfredo, que foi secretário de Kassab quando prefeito de São Paulo, e hoje é primeiro suplente de Mara Gabrilli, que trocou o PSDB pelo PSD. Procurada, a assessoria do secretário divulgou a seguinte nota: 

"Gilberto Kassab desconhece o caso e as pessoas citadas. Todas as suspeitas fundamentadas de desvios de conduta devem ser apuradas no rigor da lei."

Tarcísio foi questionado sobre esse suposto esquema da Polícia Civil e prometeu investigar.

“Nós vamos acompanhar. Porque nós vamos punir. Aquele policial que agiu fora das regras tem que ser punido ”, disse, em resposta à pergunta de um jornalista da região. No caso, o policial citado foi Felipe Pimenta, da confiança de Cotait.

Patrick gostaria de voltar ao Brasil, conforme revelou na entrevista ao 247, mas teme ser morto. “Ele (Cotait) disse que me mataria”, lembrou. O Ministério da Justiça pediu à Sérvia a extradição do hacker. O processo de extradição no país do Leste Europeu, iniciado há um ano e meio não está concluído, o que indica preocupação das autoridades sérvias com a segurança de Patrick no Brasil. 

Seus advogados sérvios, que trabalham sem cobrar nada dele, devem levar o caso para a Corte de Direitos Humanos da União Europeia.

Patrick Brito garante que ainda guarda segredos sobre agentes públicos no Brasil e está disposto a contar tudo. Mas, para isso, quer os benefícios da delação premiada. “Se eu voltar ao Brasil, conto o que sei e mostro provas. Agora, se for extraditado sem esse acordo e sem proteção, serei morto. E tenho medo de morrer”, declarou.

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Procurado, Márcio França enviou a seguinte nota:

O assunto foi um evidente desvio de conduta de servidores públicos, alguns já afastados pela corregedoria da polícia civil. Operação Tabajara da pior espécie.

Aguardo as decisões finais do judiciário para poder responsabilizar todos os culpados.

Não posso afirmar autoria dos mandantes, mas foi desastrosa para a reputação das instituições envolvidas.

Na época denunciei tudo, e vi com tristeza o uso do aparelho público, para fins tão medíocres. 

Aguardo o fim, 

Cotait também foi procurado, mas não respondeu ao pedido de entrevista. 

A entrevista do hacker começa a 3 horas e 13 minutos do vídeo abaixo:

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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