Tiro no aeroporto
De fato era o pastor que estava armado e tentando entregar a sua arma para despacho aéreo, no lugar errado e de forma errada!
Um tiro… Tiro?
Sim, acertou o vidro, estilhaçou, atingiu a moça!
Veio de onde?
Veio dali… daquele camarada que estava mexendo na maleta, que está com cara de assustado…
O ex-ministro? O reverendo?
Sim! De fato era o pastor que estava armado e tentando entregar a sua arma para despacho aéreo, no lugar errado e de forma errada!
Foi tirar o carregador da sua arma, havia um projetil na agulha e a arma disparou.
As condições mínimas de segurança não foram obedecidas.
Mas, um pastor?
Por que um pastor andaria armado?
Ele era da polícia ou militar?
Não! Pastor e professor!
Como se explica isso?
Como o país é como foi tornado, e está no poder quem está, não aconteceu nada, inclusive a arma foi devolvida.
E o pastor segue a vida, aparentemente, sem maiores questionamentos.
A menina ferida silenciou ou foi silenciada e a companhia na qual trabalha também.
Mas fica a marca do pastor armado que foi ministro da Educação, que foi acusado de que, de fato, estava mais destruindo do que promovendo educação; e que saiu porque foi acusado de participar de um conluio com outros pastores para desvio de verbas, ou de tráfico de influências, ou de benesses religiosas!
Parece que presidente pediu ou pedirá silêncio por 100 anos; ou seja, tudo silenciado: a polícia que devolveu a arma, a companhia cuja funcionária foi atingida pelos estilhaços do vidro alvejado, e que terá de restaurar o patrimônio do sob seus cuidados.
E o país todo, também, silenciado! Acusações de tráfico de influências, de descumprimento da Constituição, de atentado ao Estado laico e tudo o que acabou levando à exoneração ou à demissão do ex ministro… seja lá como isso foi anunciado!
Uma indiscutível propaganda do que é o governo federal!
A gente só vai saber daqui a 100 anos!
Esse quadro fala da angústia de viver neste país, especialmente, para aqueles que, como eu, tem fé e sabem que é a melhor coisa para a fé é o Estado laico, porque assim todos podem exercer a sua fé e ninguém pode usar o Estado em favor de sua fé, para além das garantias constitucionais.
Fica o lamento de assistir algo assim, que poderia ter se transformado numa tragédia pessoal, para além da tragédia política escancarada diante de nós e do mundo.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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