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    Ivan Guimarães

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    Trânsito suicida

    Morre um brasileiro a cada 15 minutos no transito, devido principalmente as falhas humanas. A tecnologia tem sido uma aliada da segurança

    Trânsito em São Paulo (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

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    O transito no Brasil é extremamente violento, deixando um rastro de mortos e feridos. Entre as causas mais frequentes estão a embriaguez, o sono, o excesso de velocidade e a imprudência. 

    Morre um brasileiro a cada 15 minutos no transito, devido principalmente as falhas humanas. A tecnologia tem sido uma aliada da segurança. Com a Inteligência Artificial (IA) é possível dar um salto. Mas serão necessárias novas leis. 

    As polícias são reativas, ou seja, atuam depois dos acidentes. No pouco que fazem previamente está a checagem de documentos e a verificação do estado de embriaguez. 

    O que me espanta é que as tecnologias disponíveis podem ser usadas para controlar isso, elevando os patamares de segurança e reduzindo a violência no transito. 

    Bastaria um conjunto de camaras automotivas conectadas por WiFi, com uma placa controladora e uma IA. Esse conjunto permitiria, a partir da imagem do condutor, utilizando reconhecimento facial e IA 

    1. a identificação do motorista, com a checagem se seu status junto ao Detran (habilitado ou não);  

    2. Seu estado de atenção (por imagem) 

    3. liberação do acionamento do veículo 

    4. monitoramento da forma de condução (com uso GPS), velocidade máxima,  

    5.Interrupção do funcionamento do motor. 

    Apenas com essas funcionalidades seria possível evitar acidentes graves, como os registrados nos últimos dias envolvendo veículos de aplicativos e carros importados em alta velocidade em SP e RJ. 

    Foram acidentes emblemáticos, que ganharam espaço nos jornais e servem para reforçar a ideia de guerra no transito entre ricos e pobres. Reforça esse argumento que só pessoas pobres perderam a vida. 

    Existem várias formas de custear esses equipamentos, como o barateamento do IPVA ou através do financiamento mais acessível. 

    Poucos temas são tão sensíveis a população quanto o controle do transito. Tem sido difícil disseminar no Brasil dispositivos como básicos como airbags, ABS e EBD, padrão nos EUA e Europa. 

    Mesmo leis importantes, como a lei seca, foram implantadas sob condições adversas e só não foram revistas devido ao seu sucesso.  

    As montadoras querem vender carros que parecem modernos, mas com mecânica muito antiga, o que gera lucros altos e reduz a segurança. E os nossos deputados são avessos a aumentar as restrições aos motoristas. 

    Acredito que as pessoas mais jovens, hoje não tem mais os carros num pedestal, como seus pais. Preferem a praticidade e economia dos veículos de aplicativos.

    Há um cenário favorável na sociedade para aceitar esse tipo de restrição e, se preciso, demonstrar aos deputados a importância dessas medidas.  

    Afinal o Congresso parece ter uma preferência pela pauta de costumes. Então porque não considerar os nossos costumes?

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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